Em Arroio do Meio existe a situação, a oposição da situação, sempre existiram situacionistas que opõe a situação – inclusive cargos com CC -, surgiu até a oposição da oposição, além dos eternamente perseguidos politicamente. Segundo ‘viciados’, um jogo de estratégias bem legal, com ondas do ‘bem e do mal’. É só prestar atenção nos conceitos de ‘credibilidade’ dependendo de quem está representando, protagonizando ou contando sua versão dos fatos.
O início da noite da última segunda-feira ficou marcado por uma nova discussão pública, com representantes do Executivo, Legislativo, de entidades, servidores públicos e comunidade, em torno da ‘recriação’ de cargos, no lugar de cargos supostamente extintos, que teve início ‘oficial’ em outubro.
A matéria propõe um cargo de agente de contratações e pregoeiro; quatro cargos de operário, dois cargos de pedreiro, e um cargo de tesoureiro. E autoriza a ampliação de agentes administrativos, passando de 10 para 13; agente administrativo auxiliar, de 15 para 18; de engenheiro civil, de um para dois; de fiscal ambiental sanitário, de dois para três; de motorista, de 19 para 22; e de operador de máquinas, de 22 para 24.
O prefeito Danilo José Bruxel destacou a necessidade da realização de um novo concurso público, tendo em vista o afastamento de funcionários aposentados, correndo-se o risco de responder inquérito por improbidade administrativa. Além da reposição ‘natural’ de vagas, com aumento real de três cargos – para atender o crescimento de demandas do município -, o número total viabilizaria um concurso público com menos gastos, pois atrairia mais interessados. Outra preocupação é promover um uso melhor da frota do parque de máquinas que tem veículos parados por falta de motoristas e operadores. “Em decorrência da Covid, até 2021 não era possível fazer concursos. Depois privilegiamos a fila dos concursos antigos”, disse.
No caso de operários para serviços urbanos, oposicionistas defendem a terceirização, ou a criação de vagas de operários especializados com qualificações mais específicas. Governistas sustentaram que a exigência de especializações dificulta contratações a um salário baixo, que o poder público tem o papel social de enquadrar pessoas fora do mercado de trabalho em funções públicas e que seriam cargos para finalidades mais pontuais do dia a dia, como atender pedidos dos próprios vereadores, onde a terceirização é inviável. “Pessoas que tem o sonho em trabalhar na prefeitura, como muitos de vocês”, argumentou a vice-prefeita Adriana Celestina Meneghini Lermen.
Oposicionistas contra argumentaram que as terceirizadas também realizam a função social, sem riscos de ônus para o poder público, como excesso de atestados e processos.
Na questão dos motoristas e operários, oposição defendeu o uso de uma frota mais renovada, e a venda de veículos velhos, para menos gastos com manutenção e operação, e melhor gestão do quadro de servidores, pois com aumento de asfaltamentos e pavimentações há menos estradas. A situação explicou que muitos motoristas de veículos de maior porte estão de licença saúde, e foram relocados a outras funções, e que inclusive dois dos subprefeitos atuam como motoristas, e sustentou que então é incoerente pedir máquinas para o governo estadual e federal. Além de uma preocupação geral com desvios de função.
Também esteve presente o servidor público Edson Hendges que observou que seis colegas tem a capacitação para pregões e agentes de contratações, o que dispensaria a necessidade de pregoeiro.
Destaque para as falas de José Elton Lorscheiter (PP), o Pantera, que recordou que em 2017 também foram ‘recriados’ cargos sem tanta polêmica e Nelson Paulo Backes (PDT) que argumentou que a própria Casa deveria fazer um concurso para servidores, segundo o Tribunal de Contas (que tem figuras conhecidíssimas)… (entre nós, quem é o mais preparado?).
Por outro lado, Rodrigo Kreutz (MDB) destacou que muitas máquinas não têm operadores fixos pois não são usadas diariamente, além das paradas para manutenção. Marcelo Schneider (MDB), observou que na campanha a atual situação prometeu o enxugamento e frisou a necessidade de o poder público modernizar.
O presidente da Acisam Adelar Steffler, afirmou que a terceirização na prestação de serviços é adotada pela maioria das empresas, entretanto, reconheceu as dificuldades burocráticas das prefeituras para sanar as vagas e cargos de motorista e operador. “Máquinas e caminhões têm a mesma depreciação e custo de manutenção se ficarem paradas ou forem utilizadas”.
Não houve consenso após 1h30min de discussões e o assunto não foi abordado na sessão de quarta-feira, pois há um entendimento de que ainda é preciso ouvir melhor às ruas após a repercussão dos noticiários.
Óbvio que apesar dos argumentos técnicos, ambos os lados tem interesses políticos. O governo atual mostrar trabalho e ganhar corpo. E o MDB não quer perder a influência e protagonismo em setores onde possui um feeling preciso sobre o funcionamento do cardume e dos aquários, que sempre soube usar muito bem como braços políticos e potencializá-los. Uma habilidade.
Acredito que o resultado final da votação da sessão extraordinária da próxima quarta-feira, não vai surpreender. A oposição é maioria na Câmara porque o povo escolheu assim nas urnas. Se o resultado for extremista e radical, sem emendas mais ‘tolerantes’, vai restar para Executivo por em prática contrato 133/2022, que prevê despesas de R$ 3,4 milhões para auxiliar a Secretaria de Obras e outros. O jogo está jogado, faltam 34 sessões ordinárias para as eleições de 2024.
THE VOICE ON THE SEA – A professora universitária e terapeuta sistêmica Dayse Anny Damasceno Cazotti, Moradora do bairro São José, venceu o concurso do The Voice num navio transatlântico da Costa Cruzeiro, na semana retrasada. Ela competiu juntamente com outros 90 cantores durante cruzeiro que saiu do Vale do Itajaí/SC, em direção a Montevideo, Buenos Aires, retornando por Santos/SP. O concurso que é patenteado junto ao The Voice, teve três audições classificatórias e fases eliminatórias com três jurados. A grande final ocorreu no salão principal do navio com votação de um público superior a 2 mil pessoas. Nas audições ela cantou “Tocando em Frente” de Paula Fernandes e na final “Quando a Chuva Passar” de Ivete Sangalo.
Dayse é natural de Montes Claros/MG e reside em Arroio do Meio desde o ano passado. “Canto desde a infância. Participei do coral da igreja e canto em casamentos e celebrações”. Ela é casada com o empresário Márcio André Cazotti, que foi diretor executivo da Câmara de Vereadores entre 2012 e 2020, e recentemente prestou assessoria jurídica na elaboração do novo regimento interno. O casal completa um ano de matrimônio em abril.