A
construção de pelo menos oito edifícios no Centro de Arroio do Meio, mudou a rotina de quem
reside, trabalha, consome ou têm negócios na
área central da cidade. No momento, num raio de
duas quadras – da rua São Luís até a prefeitura –
há seis obras de grande porte em andamento.
O coordenador do Departamento de Trânsito,
Alex Sandro Theves, explica que as ruas só podem ser
interditadas mediante protocolos feitos na prefeitura
com mais de dois dias de antecedência.
Ele não soube precisar o número de interdições. “Geraram mais
reclamações em 2021.
A comunidade acabou se acostumando com o progresso.
Algumas das obras têm cinco anos para conclusão. Infelizmente nossas ruas
são estreitas. Os veículos de maior porte não tem
espaço para estacionar sem trancar a via”, revelou.
Entretanto, de acordo com profi ssionais que já
executaram obras na Região Metropolitana, o ideal
seria se as construtoras resolvessem do ‘canteiro
para dentro’, por meio de logística vertical interna.
Uma questão que precisa estar prevista no projeto
para retardar etapas. Segundo eles, nas grandes
cidades isso não ocorreria sob hipótese nenhuma,
apenas para situações muito pontuais e restritas,
fora do horário comercial e de pico. A autorização para tapumes na calçada já é algo raro.
Sinal que em Arroio do Meio, as pessoas
têm tolerância e empatia com grandes obras.
LEGISLATIVO E ACISAM PRESSIONAM EGR – Na segunda-
-feira, o presidente da Câmara de Vereadores de Arroio do
Meio, Paulo Roberto Heck (MDB), o presidente da Acisam,
Adelar Ste er e o deputado estadual Luciano Silveira
(MDB), estiveram na sede da Empresa Gaúcha de Rodovias
(EGR) em Porto Alegre, reunidos com o presidente da EGR
Luis Fernando Záchia. O encontro foi intermediado pelo
assessor parlamentar Sidnei Eckert. Heck, Ste er e Silveira
questionaram a falta de organização e logística de equipamentos e maquinário por parte da empresa executora dos
reparos das melhorias na ERS-130 entre Arroio do Meio
e Lajeado, que trouxe a indignação de vários motoristas.
Também cobraram melhorias nos acostamentos e nos
acessos aos trevos do bairro Medianeira, Ração Minuano
e Barra do Forqueta, além dos acessos às empresas Bremil, Neugebauer e Vale Log. A reunião foi acompanhada
por um supervisor técnico de engenharia da EGR.
Na semana passada a EGR concluiu as melhorias na
capa asfáltica da pista principal entre a ponte sobre o arroio
do Meio, na ERS-130 até Lajeado, restando apenas a pintura de sinalização. Lembrando que o trecho dessa ponte
até o bairro São Caetano foi feito em outubro de 2022.
CREDENCIAMENTO NO IBAMA – Na manhã de quarta-
-feira, representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia
Ambiental do RS estiveram em Arroio Grande, Arroio do
Meio, para credenciamento de uma Área de Soltura de
Aves (ASA). O espaço, que tem apoio do primeiro criador
de caturritas cadastrado no Brasil, Joner Frederico Kern,
foi cadastrado e autorizado abrigar aves com fi nalidade
educacional. Autoridades ambientais aproveitaram a ocasião para fazer a soltura de aves apreendidas em operações
policiais de volta à natureza, juntamente com o criador.
A POLÍTICA E SUAS NUVENS – Todos
recordam os apoios ofi ciais em 2022.
PP apoiou PL em âmbito estadual e
nacional. MDB foi vice do PSDB no RS, e
recebeu apoio do PT no segundo turno,
e em âmbito nacional, a sigla que já foi
uma das maiores do Brasil (perdeu quase dois terços da bancada do congresso
em 20 anos), apoiou Lula e tem três
ministérios. NO RS, a sigla também tem
muita infl uência no Tribunal de Contas.
Em muitos municípios do RS, prefeitos progressistas até apoiaram o PSDB,
pelos bons programas em andamento.
Em âmbito nacional, a maioria apoiou
o PL junto com a determinação da sigla,
apesar de alguns vereadores preferiram
não abrir o voto, pois tinham eleitores
dos dois lados. No lado do MDB, menos
políticos se manifestaram abertamente, para não gerar desgastes internos.
O fortalecimento do PL é visto
com bons olhos nos bastidores, para
redefi nir forças e pilares ideológicos.
Segundo analistas, falta defi nir quem
serão ‘puxadores’ de votos, e ainda
há espaço para líderes naturais. Mais
estranho que neutros e lisos abraçarem
novos rumos, serão centro-esquerdistas
assumidos abraçarem a direita por uma
causa maior em 2024: o poder e o status
pessoal. Mas não tem nada de errado
nisso. Já dizia o ex- deputado Federal, Governador de Minas e Ministro,
José de Magalhães Pinto. “Política é
como nuvem. Você olha ela está de um
jeito. Olha de novo e ela já mudou’’.
O mais interessante, são as formas
como são disseminadas ‘prestígio e
credibilidade’ de novas fi guras e como
são desgastados ‘cachorros’ que estão
supostamente ‘mortos’, só que não.