Meu maior objetivo ao criar a Portal Mix, sempre foi sinalizar o que a Classe Política fez pelos eleitores e é ainda por esses componentes da verdadeira luta democrática que intercedo, na tentativa de tentar melhorar o que aí está.
Não se trata – como é fácil entender – de ensinar o “Padre a Rezar Missa”, ou mesmo de mostrar um conhecimento específico da profissão política, que jamais exerci.
O que pretendo tratar hoje, para falar em português bem compreensível, é um alerta para o problema criado pela forma como acontece a escolha dos ministros do governo brasileiro, hoje, em número de 34 Ministérios, número sempre crescente, o que não é o único detalhe a ser discutido.
Na realidade, apesar dos cofres abarrotados e com 34 ilhas para ancorar os barcos da casa, não é preciso puxar muito pela memória para descrever as dezenas de situações de quase naufrágio entre os navegantes; pode se dizer que são as mesmas ondas de sempre, apenas localizadas em mares que se dizem amigos, o que não tem correspondido à realidade.
Acontece que os alarmes devem sua existência à forma pela qual os navegadores são convidados, o que se pode dizer tratar-se de uma 2ª Eleição, acontecida logo após o término da 1ª e oficial votação.
Lá no início, contando ainda com o respeito dos candidatos a navegantes, a seleção dos mesmos era feita de maneira cuidadosa – diria até, criteriosa; na atualidade, o critério é o de uma 2ª eleição, na qual é importante encontrar um companheiro de viagem que possua uma mala cheia de passagens para o trajeto (votos).
Representa ser de nenhuma validade, desconhecer o valor do voto de quem conduziu até o porto os vencedores, que ao serem obrigados, muitas vezes, a mudar de partido para fazer a viagem, desobedecem à primeira pessoa que deveriam ouvir e comunicar: o eleitor.
E, ainda pior, o sistema eletivo, digamos assim, tem uma boa intenção, mas de difícil execução: como encontrar navegantes que pertençam a escolas de iguais pensamentos, ideias e sonhos?
Aí, chegamos ao mais importante: a forma mais correta de selecionar companheiros de viagem-no caso, viagem pelos complicados caminhos do mar de problemas do País, seria encontrar políticos capazes de pensar mais no país do que em si mesmos. Como tenho a coragem de escrever isso sem conhecer a nenhum deles, praticamente?
Não os conheço nem os frequento, mas acompanho diariamente suas pequenas e às vezes grandes histórias, o que de resto, não são temas majoritários; estes são, com muito destaque, as estórias que se conhece, Brasil afora, com alguma frequência e que, normalmente, acabam em final não muito feliz.
Quero dizer que não culpo a ninguém, de forma isolada, pelas estórias, pois entendo que podem significar um jeito de deixar claro a maneira do convidado poder aceitar (nos casos em que existem trocas de partidos).
Neste ponto, posso imaginar a mudança de ideais e de personalidade que acontecerá com todos os convidados para a viagem, em especial os que não pertencem ao mesmo partido de quem os convidou.
Deixar de enfrentar esse assunto por admirar a Presidenta brasileira, por conhecer sua personalidade e sua maneira de administrar os desafios que lhes são entregues, não é do meu procedimento.
Ao contrário, só posso escrever tudo o que coloquei nesta matéria, por entender que Dilma Rousseff tem o perfil de quem entenderá que ela, Dilma, poderá dar um novo contorno à escolha de ministros, sem a necessidade de escolher quem tem o maior Poder Eleitoral e sim, o maior valor gerencial, para usar uma palavra definitiva.
Resumindo: estou confiando em Dilma Rousseff, por saber que ela tem um colete salva-vidas, que funcionará a qualquer sinal de perigo.
Até porque, o que acabo de abordar nesta Portal Mix, a 632ª que escrevo, é tudo isso aí: é possível escolher-se companheiros de viagem do jaez dos ideais necessários, sem que isso faça o público mais importante do Brasil, o público eleitor, deixar de confiar na Presidenta.
E como isso poderá acontecer?
A experiência e a sensibilidade da Presidenta tornarão possível uma travessia que alcance o percentual necessário de votos e melhore a qualificação político-gerencial dos seletos convidados.