No início do último trimestre de 2011, foram reveladas ao mundo duas notícias repletas de Simbolismo e Esperança: 1º. A consolidação do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África, o Bloco dos Emergentes – que comemora seus 10 anos de vida ao som da Sinfonia Mundial do Desenvolvimento; 2º. A chegada ao Planeta Terra de seu 7º bilionésimo habitante, o que, de imediato, cria um elo de ligação entre as duas notícias. E que palavra utilizar para unir esses dois fatos? Penso que Grandeza identifica não só o Bloco dos Emergentes, pelas milenares e gigantescas civilizações que o compõem, mas também simboliza o sentimento que deve existir, cada vez mais, no coração do homem. Desde que comecei a dedicar boa parte do meu tempo ao estudo do BRICS e às multidões que o integram, senti a carência de um instrumento comum a Brasileiros, Russos, Indianos e Chineses, sem contar o uso da Informática, disponível e utilizada em escala ascendente. Em meio aos desafios que se escondem nesse emaranhado de Civilizações e Histórias, ouvi de um empresário do Setor de Importações e Exportações um relato que me fez avaliar bem o quanto será difícil aproximar os integrantes do BRICS, todos com um só objetivo, mas com raízes e berços a anos-luz de distância uns dos outros.
Contou-me ele que na sua primeira viagem a uma cidade chinesa teve a atenção despertada por grande aglomeração de pessoas, em praça pública, movimentação cujo motivo custou a localizar. Misturando os idiomas mandarim, espanhol e português, descobriu ele que a multidão havia sido convidada para assistir ao fuzilamento de um motorista que, ao guiar bêbado, perdeu o controle do carro e atropelou um casal e seu filho, matando os três. Confirmado o alto teor de alcoolismo em que se encontrava o motorista e sem nada que reduzisse ou explicasse a sua culpa, a não ser o bafômetro, o castigo fatal foi aplicado, sem piedade, uma semana depois do acidente. Fico satisfeito por não encontrar esse tipo de Pena no Brasil, mas também não gosto de ver dezenas de mortes no trânsito, causadas por irresponsáveis, que transferem para todos os perigos do álcool e das drogas, tornando o dirigir um risco a cada dia maior para motoristas e pedestres. Há, nos parceiros do BRICS, dezenas, centenas de comportamentos que jamais poderão ser seguidos ou mesmo entendidos pelos brasileiros, fruto de Civilizações milenares e, por isso mesmo, estranhas ao nosso meio.
Mas aos poucos se vai descobrindo o que pode nos aproximar e levar-nos ao nosso destino: o trabalho que podemos fazer para desenvolver a importância de cada um de nossos países, dentre os Emergentes e perante o Mundo. As pesquisas feitas pelos mais credenciados economistas do momento, em todo o Mundo, concedem-nos cerca de 15 anos para colocar nossos países frente à oportunidade que outros tiveram e sabe-se, há muito, não exerceram sua tarefa como seria desejável. Nesses casos, o melhor ponto de partida é fazer sempre o dever de casa.
Trânsito, economia, obrigações, esportes, educação, hábitos e deveres; dar a cada item o melhor que podemos realizar e, se aceitam uma sugestão, procurem conhecer o mais possível sobre cada um dos países que, Emergentes como nós, estarão ao nosso lado, tentando tornar o Mundo mais humano e mais justo. Quer um tema de casa melhor do que esse?