É alarmante o que vem ocorrendo nos últimos meses e semanas em Arroio do Meio. Praticamente não passa dia em que não é noticiado algum arrombamento ou furto. A sociedade está se sentindo refém pela falta de segurança, em relação aos seus bens materiais e, na medida em que os responsáveis não são devidamente penalizados, suas atitudes crescem em ousadia, organização, violência colocando em risco a integridade física, moral, psicológica das pessoas. Paralelamente pequenos delitos se avolumam ampliando e fortalecendo uma rede criminosa. Diante de fortes indícios do envolvimento do consumo e comércio de drogas, da comercialização e receptação de produtos roubados, se justifica a sensação de impotência e medo da sociedade.
O diagnóstico de que devemos cuidar mais da nossa segurança pública não é novo. No suplemento especial em homenagem aos 77 anos de emancipação de Arroio do Meio, encartado nesta edição, líderes também chamam atenção para o problema. Arroio do Meio é uma cidade boa de morar e viver. Há projeções de mais crescimento. Mas a segurança pública deve acompanhar este crescimento cumprindo o seu papel. Não podemos esperar.
Faxina no governo Dilma
Em menos de um ano de governo Dilma, todos se perguntam quem será o próximo ministro a cair. A faxina começou com a saída de Antônio Palocci, que já havia saído do governo Lula, no envolvimento do episódio Francenildo. De volta ao governo por sua proximidade com a presidente, à frente da Casa Civil, a queda de Palocci se deu a partir de denúncias sobre seu patrimônio particular que cresceu 20 vezes entre 2006 a 2010.
Além de Palocci, foram demitidos os ministros Alfredo Nascimento (Transportes) envolvido em denúncias de esquema de corrupção e pagamento de propinas; do Turismo, Pedro Novais. Com eles, outros funcionários ligados aos ministérios. No Turismo, 35 pessoas envolvidas no esquema de distribuição de benesses acabaram sendo desligadas da função pública. O ministro da Agricultura Wagner Rossi não se manteve no cargo por ser acusado de comandar um consórcio entre PMDB e PTB para manter o controle e estrutura do ministério e desvio de verbas. O da Defesa, o gaúcho Nélson Jobim, pediu demissão depois de ter falado demais e da falta de afinidade com a presidente Dilma. Mais recentemente caiu o ministro dos Esportes Orlando Silva e há
duas semanas, Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego, não sai do noticiário por conta de denúncias de envolvimento em irregularidades com convênios realizadas com ONGS, e irregularidades na Fundação de Amparo ao Trabalho.
A expectativa é de que estas decisões, embora não resolvam os problemas de corrupção e impunidade neste imenso país, contribuirão para a necessidade de criar uma cultura mais ética nas esferas públicas.
Pelos gabinetes de Brasília
O prefeito Sidnei Eckert aproveitou a semana de comemorações pela emancipação político-administrativa para dar uma vasculhada pelos gabinetes de Brasília em busca de soluções locais. Um dos encontros mais
importantes foi com o presidente do INSS Mauro Hauschild, quando foi tratado um problema histórico que diz respeito à Amam que tem dívidas de recolhimentos previdenciários que vêm desde a década de 1990 e que teve sua primeira execução judicial encaminhada em 2002. Inicialmente superior a R$ 1 milhão, esta dívida está atualmente em torno de R$ 750 mil porque parte já foi prescrita. Diante da dificuldade que esta dívida cria para a entidade principalmente para a elaboração de projetos para conquistar novos recursos e para a modificação dos estatutos, a diretoria atual está trabalhando para resolver o problema. Da reunião do prefeito Eckert com o presidente Hauschild do INSS, que conhece bem a realidade de municípios do Vale do Taquari por ser natural de Bom Retiro do Sul, ficou a esperança de que parte da dívida possa ser considerada inconstitucional e que o restante seja parcelado em um período de 30 anos. Kátia Scheid, tesoureira e assessora jurídica da Amam, me disse esta semana que esta audiência entre o presidente do INSS e o prefeito traz novas perspectivas para uma solução definitiva a favor da Amam, uma entidade tão importante para Arroio do Meio.
Agência do INSS – Outro pleito levado por Eckert diz respeito à possibilidade de Arroio do Meio sediar uma agência do INSS, que atenderia também os municípios de Travesseiro e Capitão. Hoje, trabalhadores, pensionistas e inscritos no sistema dependem de encaminhamentos pela agência de Lajeado. Como não há verba orçamentária para instalação em 2012, o prefeito Sidnei obteve do presidente Hauschild promessa de estudar a implantação de uma agência para 2013 ou 2014.
Almoço regional pró-duplicação
Está sendo agendado para o próximo dia 9 de dezembro um almoço junto ao restaurante do Posto JR (agora Fórmula) pró-duplicação da RS 130. Líderes políticos e empresariais da região deverão estar presentes. O prefeito de Arroio do Meio será o anfitrião e na viagem a Brasília convidou todos os deputados com base eleitoral na região para se fazerem presentes. O vice Klaus distribuiu convites na quarta-feira em Porto Alegre na Assembleia e outros gabinetes políticos. O almoço estará aberto para qualquer interessado no assunto. Apesar da bandeira ser de interesse estratégico, econômico e social, sempre é bom lembrar que não se torne apenas um instrumento eleitoreiro como já estamos acostumados a testemunhar.
Entre Rios e Povos
Segunda-feira, dia 28, aniversário de emancipação político-administrativa de Arroio do Meio será lançado o livro do resgate histórico do município. A obra é resultado de um trabalho de pesquisa do Centro de Memória,
Documentação e Pesquisa da Univates coordenado por Neli Teresinha Galarce Machado com a colaboração de Marcos Kreutz, Patrícia Schneider e Fernanda Schneider. Com 318 páginas, a obra iniciou há dois anos, numa iniciativa proposta pela secretaria da Educação de Arroio do Meio.
Até agora, a principal referência bibliográfica sobre a história local era o livro Arroio do Meio ano 50, escrito pelo falecido jurista e escritor Lauro Nélson Fornari Thomé, publicado em 1984, durante o mandato do falecido prefeito Arnesto Dalpian.
Os verdes têm encontro hoje
Simpatizantes e diretório do PV têm encontro hoje à noite, em torno das 20 horas, em lugar ainda não definido, para esquentar as eleições de 2012. Contatos podem ser feitos com o presidente Rogério Kruninski
81115595 ou com o Lúcio Bersch pelo telefone 92826502
Greve dos professores
Professores da escola estadual de Arroio do Meio, a exemplo da maioria dos professores da região, não aderiram à greve, considerando que o momento não é propício para paralisar.
Histórico de greves
O Cpers é o segundo maior sindicato da América Latina, com 87.602 associados. Fundado em abril de 1945, realizou a sua primeira greve em 1979 que durou 13 dias. Durante os últimos 30 anos, o sindicato dos professores protagonizou diversos movimentos e greves por melhores salários. Muitas destas greves tinham viés de cunho ideológico. A mais duradoura foi em 1987, com 96 dias de paralisação. O que se lamenta diante deste quadro é que de um modo geral nossa educação pública poderia ser muito melhor e, claro, os professores mais valorizados.