Há um ditado que diz: “Cuide-se das pequenas pedras que existem em seu caminho, porque as grandes são mais fáceis de enxergar”.
Em decorrência, daria para escrever: “Se você não puder fazer grandes obras ou projetos como gestor público, procure somar um número satisfatório de ações e iniciativas necessárias, pois delas se formará um conceito real e inquestionável de sua condição de administrador.”
Claro que a frase ideal seria “ faça o maior número possível de grandes e necessárias obras e procure informar à população de cada passo que for sendo dado, interagindo e ganhando a confiança de todos, a cada dia.”
Ao final do seu primeiro ano de governo no comando da nação brasileira, a Presidenta Dilma Rousseff, no meu ponto de vista, identifica-se justamente com esta terceira e final frase que construí sem qualquer preocupação literária, mas de maneira a poder ser entendido pelo maior número possível de pessoas, especialmente as que sobrevivem à luta de todos os dias graças ao Salário Mínimo, que já em Janeiro/2012, passará a ser de R$ 622,00 (seiscentos e vinte e dois reais).
Sei que considerar apenas este valor a partir das dificuldades diárias, sem qualquer outra avaliação, faz com que a balança possa pender para um resultado não muito favorável.
Mas, mesmo simplificando o cálculo que é feito todos os anos – para decidir o novo valor – gostaria de chamar a atenção para o fato de que R$ 622,00 representa um aumento de 14.13% em relação ao salário mínimo anterior, que era de R$ 545,00.
Se considerarmos que a inflação do ano bateu nos 6,7%, dá para deduzir que o aumento real foi superior ao dobro da inflação, o que, antes de mais nada, significa que a atual forma de calcular o salário mínimo, que vem desde o governo anterior, é a mais benéfica e positiva para a classe trabalhadora, ainda que seja prejudicada pelo valor básico lá do ponto de partida, que foi negativo para o trabalhador, mas com correções anuais, suficiente para permanente atualização.
Além do detalhe do cálculo e do valor do salário mínimo, sobressaem também as recentes decisões da Presidenta sobre pendências de liberação de valores ou dotação de novas verbas para o RS, em uma confirmação da inequívoca e simpática posição de Dilma Rousseff como “mineira-gaúcha”.
Só isso, já seria suficiente para merecer nossa gratidão e apreço. Somando-se esse detalhe a tudo o que a Presidenta providenciou no seu 1º ano de governo, ficam justificados os quase 85% de bom e ótimo que vem apresentando nas pesquisas mensais de imagem, feitas em todo o país.