Pesquisas para buscar a história da família e construção da genealogia, encontros de famílias, têm sido mais frequentes nos últimos anos. Graças a abnegados e apaixonados pesquisadores que dedicam muito tempo na busca de dados em arquivos públicos, cemitérios, cartórios de registros, viagens, busca de informações orais. Nem sempre é fácil chegar a uma conclusão porque os dados podem ser conflitantes. Mas normalmente há uma boa dose de superação, paciência por parte de quem está em busca de sua própria origem, o que por consequência representa um benefício para toda uma família, comunidade ou gerações. Quando o fruto deste trabalho é divulgado, os benefícios são ainda maiores. O autor ou seus autores dificilmente obtêm ganhos financeiros com a pesquisa da genealogia, mas é preciso dizer que dão uma rica contribuição para a história e cultura. É interessante observar que têm surgido obras que não se limitam a simples levantamento de listas de parentes, mas trabalhos que contextualizam a família a uma linha do tempo que atravessa várias décadas. Exemplo é o livro A busca das origens. História e genealogia da família Schauren. Lançado em outubro último na festa dos Schauren em Arroio Grande, o autor Décio Aloisio Schauren esteve em Arroio do Meio na semana passada e tivemos oportunidade de adquirir um exemplar (está à venda na Kadernus). A obra é bem interessante porque, além do resgate da descendência da família, traz outras informações com uma incursão ao passado, desde os celtas, romanos e francos, passando pela civilização cristã ocidental, origem da Alemanha, guerras e revoluções na Europa e suas consequências. Conta e contextualiza alguns episódios da Revolução Federalista no Vale do Taquari, Rio Pardo com saques e assassinatos.
É enfim uma obra que enriquece não apenas o acervo das famílias envolvidas, mas para todos que se interessam pela história. Décio Schauren, natural de Picada Arroio do Meio, mora em Porto Alegre há vários anos, é técnico aposentado em Assuntos Educacionais e exerceu três mandatos de vereador pelo PT (1989-2000) na capital.
Atualmente está fazendo estudos e pesquisas das famílias Kuhn, Deicke, Kirch, Rempel, Link, Kunkel, Bieger, Zimmer.
Estamos ficando para trás
O Rio Grande do Sul está ficando para trás. Não é de agora, mas o que preocupa é que muitos dos que têm o leme na mão para mudar o rumo não o fazem, preferindo a conveniência do momento. Alguns exemplos: ocupamos a 27ª posição no comparativo nacional de investimentos públicos no país; Porto Alegre ocupa a 10ª colocação no ranking da hospedagem no Brasil entre 27 capitais analisadas; nos últimos meses, parte do noticiário tem alertado para as dificuldades de Porto Alegre ser sede da Copa de 2014 que esbarram na dificuldade de acertos em relação aos investimentos envolvendo Inter, Andrade Gutierrez e Banrisul; no ano passado, o RS perdeu investimentos da coreana LS que preferiu Santa Catarina para instalar sua fábrica de tratores; também caiu no ranking do Enem de primeiro para o quarto lugar na análise geral e a mão de obra qualificada já não é mais destaque, para citar alguns exemplos.
Solidariedade
Cerca de 15 milhões de brasileiros realizam algum trabalho voluntário. A pesquisa realizada pelo Ibope revela também que a grande maioria vem da classe C. E o mais interessante é que estas pessoas humildes doam-se em suas causas servindo aos afortunados. Sorte que fazer o bem e doar-se tem lá suas recompensas que só conhece quem faz…
Energia
Durante reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realizada em São Valentim do Sul, dia 24, os prefeitos conheceram modelos de irrigação para minimizar as perdas na agricultura e foram informados pelo gerente regional da AES Sul, Luiz Alberto Krummenauer, que a concessionária tem projetado para este ano investimentos de R$ 29,4 milhões no Vale do Taquari. O projeto prevê aumentar em até 15% a capacidade energética. Arroio do Meio deverá receber uma subestação própria e a troca dos postes de madeira por concreto. É uma promessa.
Via-Sacra
Domingo a comunidade de Forqueta iniciou os primeiros ensaios para a tradicional Via-Sacra ao vivo. A novidade deste ano, além das inovações no espetáculo, será a nova sede do evento, tendo como palco um espaço nos fundos da igreja católica. A comunidade está empenhada há vários anos na estruturação do local. Na coordenação do espetáculo, está o dedicado e competente Paulo Haas. A apresentação está agendada para a Semana Santa, dia 6 de abril.