A maioria dos alunos da rede de escolas estaduais continua sem aula hoje, por causa da paralisação dos professores que reivindicam o piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 1.451. Entre os estados da Federação, 18 estados pagam este valor ou mais e outros 11 ainda não garantem o pagamento da remuneração estabelecida. O Rio Grande do Sul é um dos que não está cumprindo a lei e é, segundo Marta Vanelli, secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, o estado que pior remunera os professores. Enquanto estados do Norte como o Amazonas, paga R$ 1.905, Rondônia R$ 2.011, Roraima, R$ 2.142, Minas Gerais R$ 2.200, o Rio Grande do Sul tem um piso de RS 791. Os números por si só já sinalizam que algo não vai bem nos pagos. Não que salário maior ou menor possa ser sinônimo de qualidade, mas é preciso convir que falta aos gestores públicos mais coerência e responsabilidade e não apenas promessas de campanha.
Guararapes – A Escola Estadual Guararapes, maior escola pública do município com 880 alunos, parou parcialmente desde quarta-feira. Hoje a paralisação será total já que os professores participam da reunião em Porto Alegre para negociar uma solução. O diretor Paulo Backes está otimista em relação à construção de uma solução gradativa para o problema histórico que atinge a classe. Apesar das dificuldades alegadas pelo governo estadual para pagar o que determina a lei, a solução poderá ser via judicial.
Divisão generalizada
Enquanto já corre um jogo pesado entre os dois maiores partidos políticos locais, em vista das eleições municipais de outubro, nos demais, com maior base eleitoral, a divisão entre líderes é notória, ou pelo menos indefinida, em relação a apoios e alianças. O quadro deixa campo aberto para uma terceira via, que está sendo liderada pelo PV, novidade neste pleito por defender uma política diferente da que vinha sendo praticada.
Por conta – O ex-prefeito Paulo Backes (PDT) é um dos que defende maior autonomia para os partidos, inclusive no PDT. Mas a maioria da executiva defende aliança com o PP. Ao menos é o que ficou definido em reunião semana passada.
Perderam a função
Aliás, em relação aos partidos, o jornalista e escritor Flávio Tavares numa entrevista dada ao jornal do Comércio definiu que no Brasil, “ os partidos perderam a sua função, não existe diferenciação entre eles. Nem, o PT que nasceu de baixo para cima está igual aos outros. Isso porque não tivemos consciência da nossa história. Em determinado momento passa¬mos a aceitar qualquer coisa: que as pessoas se reúnam e formem um partido e o transformem em caixa registradora num comércio, em um balcão de negócios. No Brasil se formam facilmente: igrejas e partidos políticos”.
Força das comunidades
Vale a pena prestar atenção na força de muitas das nossas comunidades do interior. São exemplo de boa vontade, trabalho voluntário que através da mobilização de alguns líderes transformam e mobilizam a população para obras e ações de efeito e repercussão positiva. Em parte a vida da nossa gente acontece pelas comunidades que estão cada vez mais organizadas com ações voltadas para a saúde, educação, lazer, patrimônio. É um bom sinal e que traz boas perspectivas para o futuro.
Falta segurança
O que está preocupando é a falta de segurança. Espera-se que o tema seja pauta dos que se propõem a postular cargo público. Tempos atrás era impossível imaginar que a segurança das pessoas de uma cidade como Arroio do Meio com seus 18 mil habitantes pudesse ser tão vulnerável, como tem mostrado fatos que ocorrem com maior frequência. Assaltos, arrombamentos, latrocínios e até sequestro. Mais segurança é o mínimo que merece, quem trabalha com dedicação, paga suas contas, contribui com pesados impostos.
Bozó
Ligado aos meios esportivos do futebol amador por 20 anos, o ex-dirigente Bozó está programando junto com alguns amigos um evento social, no qual serão homenageadas personalidades de Arroio do Meio por serviços prestados para o esporte. Na noite haverá show da Banda Barbarella e presença de figuras ilustres como do ex-dirigente de futebol Leonardo Gaciba, atual comentarista de arbitragem da Globo.
Idosos
Segundo dados do Anuário Estatístico de Previdência Social (AEPS), 17,2 milhões (83,6%), dos 20,6 milhões de idosos brasileiros com mais de 60 anos são beneficiários do INSS. O Brasil figura como o país que oferece o maior nível de proteção social aos idosos na América Latina.
Pedágios
A novela da renovação ou não dos contratos de pedágio que vencem em 2013 coloca o RS em três situações alternativas: ou retoma das concessionárias os 1,8 mil quilômetros concedidos em 1998 e assume a manutenção e ampliação; prorroga os contratos para não correr o risco de ter que pagar indenização pelo desequilíbrio financeiro apontado pelas concessionárias; ou promove uma nova licitação que permitiria corrigir os erros cometidos e estabelecer novos modelos, inclusive comunitários ou de parceria com empresas privadas. A Univias, controladora dos polos Metropolitano, Caxias do Sul e Lajeado, oferece, em troca da renovação do contrato, baratear a tarifa até R$ 4 e investir R$ 1 bilhão nos próximos 11 anos.
Crucifixos
Desperta apaixonado debate a decisão do Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, quando manda retirar os crucifixos das instalações do Judiciário gaúcho. Atendem assim ao pedido da Liga Brasileira de Lésbicas, alegando que o estado é laico. A militância anticristã está em festa e a continuar assim, sem uma posição mais firme das igrejas, logo o exercício da fé estará restrito tão somente ao interior dos templos, como se fosse uma debilidade mental. Aos poucos tudo vai se desintegrando na sociedade brasileira: família, escola, justiça, religião…