A medida em que um país cresce aos olhos do Mundo, seja na Economia, na Cultura, no Turismo Receptivo, na Educação, no Esporte ou no Conhecimento – além de inúmeros outros segmentos – ele adquire, em paralelo, uma considerável responsabilidade quanto ao seu comportamento perante todos os “Cantões” da Terra.
Claro que faço essa colocação como início de uma crônica da qual o Brasil é motivo e exemplo, até porque, neste 2012, já escrevi “O Brasil é o país do Futuro”, uma série tratando do que sobre nosso país escreveu o austríaco Stefan Zweig, em 1941, quando veio morar em São Paulo e já produzi também alguns trabalhos sobre frase não tão agradável, tratando de nossa pátria, cujo autor seria o falecido presidente francês Charles De Gaulle.
“O Brasil não é um país sério”, teria dito De Gaulle, frase mais tarde tratada como sendo do Embaixador da França no Brasil e, com o tempo, buscou-se transformá-la em mentira – a própria frase – o que agora me parece exercício inútil de mudar o que talvez estivesse certo.
Uma frase referente a essa poderia até estar em formação, a qualquer momento, na alta cúpula do governo brasileiro.
Seu significado seria mais ou menos “O Brasil está cada vez mais perto de ser um país sério”, o que não o impediria, lógico, de ser ao mesmo tempo alegre e feliz, também.
A frase em negrito torna-se defensável pelo enorme desemprego causado na Esplanada dos Ministérios pela liberdade de alguns ministros quanto aos cuidados com a causa e imagem públicas, logo apeados de sua valiosa posição pela Presidenta Dilma Rousseff.
Por intermédio dela, aliás, o Brasil busca classificar-se entre os primeiros no que refere à quebra de preconceitos, luta na qual uma mulher Presidenta é argumento decisivo e por isso, raro.
Tão raro, mas tão raro, que nem todos admitem o termo solicitado pela própria, Presidenta, sob a alegação de que presidente não é substantivo, é adjetivo, logo, não admite dois gêneros.
Ora, ora, somam dezenas de milhares as palavras que forçaram seu ingresso nos dicionários, graças ao linguajar popular, maior regulador e fornecedor de novos vocábulos.
Ter uma Presidenta é só mais um passo do Brasil no sentido de cumprir sua obrigação de país em desenvolvimento diante do Mundo.
Desenvolver é destruir preconceitos, que fique bem clara essa minha posição.
Deixo a critério de cada leitor agregar mais vitórias em lutas semelhantes, fornecendo dois exemplos:
Quanto ao Racismo – as diversas punições aplicadas aos clubes, torcedores e jogadores – no que diz respeito aos apelidos degradantes e ofensivos aos atletas, justamente no momento em que mais heróico se torna seu esforço – essa prática afastou os contumazes utilitários, os eventuais “engraçadinhos de plantão” e serviu, inclusive, de justificativa para um controle policial mais rígido e efetivo durante os jogos.
Quanto ao comportamento – conceituado Senador de um Partido de oposição, está comprovadamente enrolado em diálogos e benesses não dignos de figurar entre o que há de mais sério e responsável, no país.
Seu afastamento foi motivo de exame e confirmação pelo próprio partido e sua presença tornada “non grata” onde normalmente se encontrava.
Desta forma, mantendo esse comportamento, evita-se que futuros detratores ofendam o Brasil e valham-se de um fato – cada vez mais isolado, espera-se – para macular o nome do país e os hábitos que, de há muito, vêm sendo cultivados e, pior, impunemente.
Sempre tive preconceito com os chapéus, mas depois de ver o jeito e o ritmo que Dilma Rousseff está dando ao Brasil e o trabalho de limpeza feito pela Polícia Federal, no controle do que era incontrolável, só há uma forma de quebrar o preconceito: usar chapéu sempre, única maneira de tirá-lo para quem o merece, como aliás, recomendava o Raul Gil.