A próxima segunda-feira, dia 27 de agosto, será especial para o casal Avelino e Elvira Lanzini, que celebram 74 anos de casamento. Momento importante de recordar os anos de união dedicados ao respeito, confiança, fidelidade e convivência com o outro. Hoje, seu Avelino, 95 anos, e dona Elvira, 93 anos, lembram com orgulho esta data tão significativa.
O casal residia na comunidade de São Jacó, que pertencia a Arroio do Meio, onde aconteceu a primeira troca de olhares, durante a reza do terço. O namoro que iniciou de forma simples foi selado com o casamento. O ano era 1938 e o início da vida a dois não foi nada fácil. O casamento ocorreu na Igreja Matriz de Arroio do Meio e conforme Avelino o transporte dos noivos e dos convidados foi feito de caminhão.
“Já passamos por muita coisa juntos. Quando a gente veio morar para Palmas, tínhamos poucos móveis e na época não havia luz elétrica. As coisas não eram tão simples. Todas as nossas conquistas foram suadas”, lembra Avelino. Residindo há 54 anos em Palmas, o começo da vida a dois não foi tarefa fácil. Ambos trabalhavam na roça, com arado de boi e foi por meio deste trabalho honesto que construíram essa história. “O nosso sustento e a compra dos móveis se deu através da venda de mercadorias como leite e verduras”, lembram.
Da união nasceram quatro filhos, 11 netos e sete bisnetos. Uma família unida e que dá muitas alegrias para o casal. Em mais de sete décadas de convivência, o casamento teve seus altos e baixos. Entre estes, esteve as quatro cirurgias que seu Avelino teve que enfrentar e, neste momento tão delicado, teve ao seu lado a esposa e companheira de tantos anos. Já a ida aos bailes e o prazer de ver a família toda reunida no Natal compensam qualquer dificuldade. “É muito bom ver todo mundo junto, filhos, netos e bisnetos. Apesar da nossa vida ter sido difícil, a gente vê que ela valeu a pena”, enfatiza Elvira.
Apesar da idade, o simpático casal sempre encontra uma maneira de se distrair. Dona Elvira gosta de passar as tardes tomando chimarrão e jogando conversa fora com o marido, amigos e familiares. Além disso, gosta muito de plantar verduras e cuidar da horta. O trabalho na propriedade fica por conta de seu Avelino, que passa horas cuidando da terra. Além disso, gosta de fazer caminhadas para espairecer. “Quando dá ainda vamos aos bailes para se divertir e rever os amigos. A gente dança de tudo um pouco, xote, valsa e muito mais”, conta Avelino.
E foi com essa vida simples, de trabalho em conjunto e regada de confiança e respeito com o outro e com os filhos que o casal construiu sua história. Para eles, o principal segredo dessa união de 74 anos está na saúde que Deus lhes deu, além dos motivos já citados. “Era difícil a gente brigar, até porque fomos criados dessa forma. Alguns resmungos sempre existiram, mas tínhamos que aguentar e passar por cima disso, senão a separação era certa. É uma pena que nos dias de hoje, muitos casais se separam por motivos bobos, temos que conviver com as diferenças e respeitar o outro”, relatam.
A esperança do casal para os próximos anos é de muita saúde, fé e reservada de muitas alegrias ao lado dos filhos, netos e bisnetos.