A corrupção pode ser definida como a utilização de poder ou autoridade para obter vantagem ou fazer uso de dinheiro público (estado, instituições, entidades) para si próprio, família ou amigos. Exemplos de obtenção ilegal de vantagens como cancelamento de multas, comissões ilegais, venda de favores políticos, má administração do dinheiro público, desvio de dinheiro são alguns exemplos de corrupção que afetam as sociedades do mundo todo. Umas, mais do que outras, mas o Brasil está entre os países que segundo indicadores específicos o nível de corrupção é elevado.
§§§
Entre os tantos escândalos que são expostos diariamente pelo noticiário, esteve o apurado pelo jornal Estado de São Paulo que envolveu o pagamento de horas extras no período eleitoral de 2012. Pelas informações divulgadas, em novembro o gasto com estes adicionais foi de cerca de R$ 3,8 milhões para pagamento de 561 funcionários que alegaram ter trabalhado fora de hora. Somados aos salários, os valores adicionais permitiram a esse grupo de funcionários, receber salários superiores aos dos próprios ministros.
§§§
Também por estes dias, um blog do jornal britânico Financial Times criticou a gestão econômica do Brasil. Segundo a publicação, o crescimento da economia do Brasil é lento e o Ministério da Fazenda usa de manobras que beiram a ilegalidade para garantir o sucesso de medidas econômicas, dando como exemplo medidas para controlar a inflação e taxas de juros.
Outra notícia, diz respeito à aprovação por Comissão Especial na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional que restringe os poderes de investigação do Ministério Público. Se for aprovada, perde a sociedade brasileira, por conta da falta de controle e fiscalização que é de atribuição do Ministério Público. Nos meios políticos, o cerceamento pretendido é para coibir determinados abusos, mas a estes cabem outras medidas, assim como se poderia dizer da tentativa de cercear a liberdade de expressão por meio dos veículos de comunicação.
§§§
Falar sobre a corrupção é cair num tema comum e apesar dos brados de grande parte da sociedade brasileira, parece que avançamos pouco no seu controle. Diante do mal, a solução mais viável apontada sempre é investir mais em educação que não pode ser tarefa exclusiva da escola. Um estudo feito pelo sociólogo Alberto Carlos Almeida concluiu que a tolerância, se confunde com o famoso jeitinho brasileiro e que ela é maior quanto menor for a escolaridade. Segundo o estudo, 57% dos que têm Ensino Fundamental, são mais autoritários, mais antidemocráticos. Na medida em que os indivíduos frequentam mais a escola, mudam seus conceitos e valores, ficam mais críticos e agem de forma mais positiva. Independente do número de anos que a pessoa frequenta os bancos escolares, também os valores vividos e passados pela família são fundamentais. Entretanto, com a entrada cada vez maior da mulher (a quem ainda cabe a educação na infância ) no mercado de trabalho, a família perde espaço em termos de influência na educação.
Redução do ICMS
Às vésperas da Couromoda que ocorre esta semana em São Paulo, o governo gaúcho anunciou um crédito presumido de 2% no ICMS sobre as vendas interestaduais de fevereiro a maio deste ano. Mesmo que o decreto tenha sido feito em cima da hora, empresas calçadistas gaúchas esperam ampliar as vendas com preços mais competitivos nos próximos meses no mercado interno que está mais promissor.
No mercado calçadista, o que se observa cada vez mais é que ele é nômade, buscando condições de produção de menor custo, o que acontece atualmente no Nordeste e Centro-Oeste, para onde muitas empresas gaúchas migraram.
Pelo poder
O PMDB luta para manter poder no Congresso Nacional. Na Câmara de Deputados, a campanha é para Henrique Alves que está sendo investigado em processos de licitações. No Senado, Renan Calheiros faz campanha pela volta. O senador Simon tem dito que não vota em Calheiros porque ele representa o continuísmo. “Ele já foi presidente e largou para fugir do processo de cassação. Com todos os fatos publicados e o Ficha Limpa, voltar atrás não seria positivo.”
Ação predatória
Desde 2010, há uma sobretaxa de US$ 13,85 por par de calçado importado da China, o que freou as importações daquele país. Apesar desta medida, líderes das cadeias calçadistas criticam a falta de ações por parte do governo federal para impedir as importações predatórias. Os calçadistas alegam que depois da medida os calçados chineses passaram a entrar no Brasil por outros países como Taiwan. O governo brasileiro alega que investiga a triangulação deste mercado, mas não encontrou irregularidades.