Conversei na quarta-feira com a professora e psicopedagoga, Dulce Bonacina. Ela ainda estava abalada com a violência que atingiu diretamente a família de um dos seus alunos, de apenas 7 anos. “ Ele é uma criança muito especial para mim. É um menino muito querido, afetuoso”. Dulce é professora da escola municipal há 17 anos e é a primeira vez que sentiu de perto um fato tão brutal que não atinge apenas uma família, mas de forma indireta outros pais, alunos, vizinhos e comunidade.
“Voltei do velório chorando e o fato me afetou psicologicamente. E se eu fiquei assim, imagine as crianças. O menino dificilmente voltará para a sala de aula, porque pelo que soubemos a mãe saiu da casa no bairro São José e se mudou para perto de familiares num município vizinho. Na sala de aula a cadeira dele ficou vazia.” Para amenizar o impacto da tragédia, a professora fez um círculo para conversar sobre o ocorrido e rezaram pelo coleguinha e pelo pai dele, morto de forma sumária. “Para o menino, o pai era um herói. Sempre falava dele. Há poucos dias pedi uns trabalhos de reforço, para que ele superasse algumas dificuldades, e me senti gratificada porque ele disse que o pai tinha elogiado a minha insistência. Nem sempre os pais entendem quando cobramos. O menino estava empenhado em dar o melhor de si, para agradar o pai na primeira avaliação do ano no final de maio ou começo de junho,” relatou a professora que reforça a necessidade de oferecer acompanhamento psicológico para a criança que teve a sua rotina escolar e familiar roubada de forma estúpida.
O relato da educadora relacionado a um crime ocorrido no último domingo no bairro São José, não é um fato isolado uma vez que os meios de comunicação divulgam diariamente centenas de outros casos, nem sintetiza todas as causas e consequências que afetam os que estão envolvidos. Mas reflete uma preocupação legítima, uma vez que todas as crianças deveriam ter assegurado o direito de estar num ambiente tranquilo, para poder desenvolver de forma saudável sua aprendizagem e perspectivas de vida. Não se sabe que repercussão este trauma vai trazer para o futuro do menino e de sua família.
Mas o fato evidencia que vivemos numa violência crescente, em diferentes setores e ambientes de ordem física, psicológica, moral. Mesmo em centros ainda considerados pequenos como Arroio do Meio. Por isso não podemos ficar de braços cruzados. É fundamental que se avalie melhor os malefícios desta violência na vida das pessoas e que se invista em projetos e ações que possam a médio e longo prazo diminuir o seu impacto.
Nota Fiscal Gaúcha para ajudar o Hospital São José
O Hospital São José é uma das entidades credenciadas a ser beneficiada com recursos do Programa Nota Fiscal Gaúcha. O programa tem entre os objetivos conscientizar os cidadãos da importância social do pagamento de tributos, ampliar a responsabilidade social das empresas e repassar valores para entidades sociais. Para incentivar o cidadão a contribuir, o Programa distribui mensalmente prêmios. Em março foram distribuídos R$ 1,6 milhão, sendo que o maior prêmio foi para um bilhete de Cerro Grande do Sul que ganhou R$ 1 milhão. Outros bilhetes de R$ 20 mil foram distribuídos e mais 500 de R$ mil reais. Entre estes, um cidadão de Arroio do Meio que até quarta-feira não havia sido identificado. Para participar do programa é preciso que a entidade beneficiada esteja cadastrada (no caso o Hospital São José), a empresa que fornece a nota e o cidadão que faz as compras que precisa colocar seu CPF na nota. Mais informações pelo site www.notafiscalgaúcha,rs.gov.br ou no próprio Hospital São José que auxilia no cadastro.
O jovem e o mercado de trabalho
Milhares de jovens querendo entrar no mercado de trabalho- essa é a nossa realidade. Que maravilha, pois isso significa para eles liberdade, autonomia e também um crescimento pessoal e intelectual incalculável.
Agora, a entrada para o mundo do trabalho só será uma experiência boa, e só será possível e exitosa nesse mundo competitivo, se tiver a parceria da escola. Muitos estágios, empregos são proporcionados para os estudantes. E empresas querem tanto a parceria da escola, que o emprego do jovem depende dos seus resultados na escola.
Escola essa que está querendo que o jovem trabalhe, mas muito mais qualificado e preparado.
Hoje, não basta ser um profissional que cumpre horas, tem é que cumprir essas horas de uma maneira que deixe marcas positivas e seja um diferencial. Você, jovem, precisa fazer a diferença. E isso o estudo traz.
Sonhe, também, você tem toda a informação e oportunidades na mão, além da família e da escola ao seu lado. Há poucos anos isso não era possível!
Saber portar-se no trabalho, comunicar-se com eficiência, saber redigir textos, ter domínios de vários assuntos e dominar várias áreas, trabalhar em equipe; são alguns dos ingredientes indispensáveis para o sucesso em qualquer carreira profissional. E tudo isso, a escola oportuniza, atualmente, para o jovem interessado e para aquele que quer ter a profissão que tanto almeja, que além de pagar bem, valorize, e acima de tudo, que você goste.
Devemos sonhar com o emprego dos nossos sonhos e a boa notícia é que ele está ao nosso alcance, é só querer. E ele só vem para aqueles que têm conhecimento.
Você, adolescente, está lendo, estudando? Lembre-se que não podem ser atividades rotineiras e atenção para aqueles que ainda frequentam a escola, não adianta mais só ir à escola de corpo. Fazer aquela famosa missa de corpo presente em sala de aula. O nosso espírito precisa estar conectado com tudo que envolve conhecimento, saberes das diferentes áreas. O mercado de trabalho quer pessoas sonhadoras, inteligentes. Que querem sempre mais.
Por Greicy Weschenfelder