Arroio do Meio – Junho é o mês que se celebra o meio ambiente, mas a preservação ainda engatinha. A população não está consciente quanto à necessidade de evitar a poluição. As sacolas plásticas são um exemplo: costumam ser o material mais encontrado em atividades de limpeza de rios.
Este material é comum ser encontrado nos supermercados. Uma das maneiras de se evitar essa poluição é diminuir o uso de sacolas plásticas por estabelecimentos comerciais. Conforme o coordenador do departamento do Meio Ambiente da cidade, Paulo Henrique Rubim Barbosa, o município estuda um projeto neste sentido, mas, em primeiro lugar, estão priorizando os projetos em andamento.
Esse tipo de controle não é fácil. Em Lajeado, há dois anos, existe uma lei que propôs a diminuição do uso das sacolas plásticas atuais pelas oxibiodegradáveis – consideradas ecologicamente corretas. Neste ano era para só existir as deste novo tipo, porém poucos estabelecimentos atenderam a lei. O município local também não fiscaliza.
Dados comprovam que mercados e pessoas consomem um grande excesso de sacolas plásticas diariamente. No mundo são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão anualmente. No Brasil, estima-se o consumo de 41 milhões de sacolas plásticas por dia, 1,25 bilhão por mês, e 15 bilhões por ano.
O proprietário do mercado Três Guris de Arroio do Meio, Roni Nicacio Schneider distribui, em média, 16 mil sacolas por mês. Para evitar um gasto demasiado, colocou a venda sacolas de tecido para diminuir o uso das plásticas.
Schneider considera importante o consumidor se alertar e trocar as sacolas plásticas pelas de pano, que custam R$ 6,99. “Ainda preciso das sacolas plásticas para entregar a mercadoria aos clientes. Mas, com o tempo as pessoas vão se alertar e usar sacolas de pano diariamente”.
Lei inédita no Vale
Um exemplo a ser seguido é a lei criada pelo vereador Delmar Portz do município de Lajeado. Em 2011, criou um projeto, obrigando todos os supermercados, lojas e demais estabelecimentos comerciais a utilizarem sacolas e sacos ecológicos ambientalmente corretos. Estes devem ser de papel, tecido ou de material oxibiodegradável.
Mesmo com a lei, muitos estabelecimentos ainda não se adaptaram. Muitos mercados oferecem as sacolas plásticas. Porém, a iniciativa do vereador é interessante para manter o meio ambiente em melhor estado.
O governo federal criou uma campanha em 2009 para diminuir o oferecimento de sacolas plásticas. Mesmo assim, mercados continuam com este tipo de material. Para ajudar, indústrias investiram na fabricação de sacolas oxibiodegradáveis ou biodegradáveis.
As oxibiodegradáveis, por exemplo, ainda são alvos de estudos, pois sua eficiência é considerada “obscura”. Esse tipo de plástico não é consumido por fungos, bactérias ou protozoários, um das características essenciais para garantir que os resíduos realmente serão eliminados do ambiente.
Já as biodegradáveis também têm se tornado marca registrada nos carimbos das sacolas plásticas. Na maioria dos casos, ela exerce apenas uma função publicitária, para vender a imagem de que o item é ecológico.