O sistema de trens de alta velocidade, ligando o extremo-sul do Brasil ao Oiapoque – lá em cima – afirma-se que foi inaugurado com a mesma e absoluta segurança que existe na Europa, o que já reduz bastante a grande diferença que até agora separava as nossas realidades.
As florestas, que ainda no semestre passado eram derrubadas até sem motivo, passaram a ser monitoradas noite e dia por uma Polícia de Controle Ambiental e, graças a isso, a única forma de abatê-las, hoje, é uma autorização especial do governo, emitida com uma única e vital finalidade: produzir dormentes para a construção do leito das ferrovias, hoje a passo de guepardo, ou seja, a 100 por hora. Com a ativação das estradas de ferro – algumas ainda com obras em processo de conclusão – já se pôde observar uma significativa redução nos acidentes de trânsito, possível graças às providências que os governos, federal e estadual, decidiram implantar:
1º – todas as cargas com peso excessivo ou consideradas perigosas, material poluente ou de difícil acomodação e controle – como madeira em toras ou peças de diferentes tamanhos – passaram a ser obrigatoriamente transportadas por trem ou por navios, cuja utilização havia caído em desuso no país, ao contrário do que hoje é praxe na Europa.
Visitas frequentes de técnicos brasileiros ao Porto de Roterdam, o maior do mundo, localizado na Holanda, possibilitaram entender como pode ser líder entre todos os demais do planeta um porto localizado em um país que é 40 vezes menor que o Brasil e 7 vezes menor que o Rio Grande do Sul.
2º – Um detalhe fundamental no avanço dos transportes brasileiros foi o fato de que, anos antes desse sistema ser implantado, o governo convocou todos os caminhoneiros que eventualmente ficariam sem emprego, para capacitá-los a assumir outras vagas, a serem criadas no transporte rodo-hidro-ferroviário, garantido-lhes, durante o período de treinamento, o mesmo salário que comprovadamente recebiam na atividade antes exercida.
Com o uso prático dessas medidas, em breve será possível reduzir o número de vidas perdidas no trânsito brasileiro, todos os anos, hoje quase uma centena de milhares, em seguida poucas dezenas de milhares para logo depois, com medidas de controle e punições aos faltosos (os que guiam bêbados, drogados ou sem habilitação), chegarmos a um número mínimo e possível, muito inferior aos mencionados.
Os parlamentares de Brasília, de cuja vontade política todos dependemos, decidiram mexer nas Leis, adequando-as com o mesmo “jeito” que anteriormente deram às questões mais de seu interesse, digamos assim. Isso foi possível graças à nova leva de deputados e senadores eleitos em 2010, que decidiram optar pela redução do número de CPI’s, a começar pela eliminação de comportamentos que obriguem sua criação e à perda de tempo em levá-las até o fim, aliás, sempre comemorado com muitas rodadas de pizza. Para evitar que tudo isso não passe de utopia e fortalecido por casuais premonições confirmadas, publico o que acho viável, na esperança de criar novas fontes divulgadoras de Sonhos para todos os brasileiros.
Afinal, o Brasil não é o país dos sonhos de todo o mundo?