Nos últimos 12 anos, escrevi mais de 15 crônicas sobre um projeto chamado Regionalização da Saúde, nada mais do que uma simples colaboração do aluno permanente que sou e também resultado do que li sobre o importante tema que abrange várias verdades.
Conforme o CREMERS, “Sem Médico não se faz Saúde”, mas o mesmo também vale se trocarmos a palavra “Médico” por “Organização”, “Verbas”, “Conhecimento”, “Seriedade”, “Pesquisas”, “Competência”, “Dedicação”, “Remédios”, “Estudos”, “Atualização”, “Hospitais”, “Postos de Saúde”,em fim, nesta mesma relação caberia ainda o dobro de palavras necessárias para que se possa fazer o Melhor em Saúde no RS (nosso paciente, nesta crônica).
Fiz do termo “Regionalização” a minha forma de colaborar e reunir o que julgo importante para uma saúde bem feita, porque cada uma das regiões gaúchas (são 25,conforme a Associação dos Municípios Gaúchos) deveria contar com Escolas Superiores de Medicina (Universidades, Cursos Específicos) e verbas capazes de construir – e manter – hospitais competentes, além de todo um sistema que possa funcionar visando aos melhores cuidados e objetivos possíveis ao alcance da sociedade, que aí ganhará uma saúde responsável, digna, eficiente – especialmente pela proximidade – e eficaz.
Como, na prática, é difícil atender todas as demandas à altura do que possa ser classificado como suficiente, o governo brasileiro lançou o Programa Mais Médicos, que de acordo com o que aprendi quanto ao tema, é muito pouco para cumprir uma meta exigente.
Onde a garantia de mais verbas para mais hospitais, por exemplo?
É possível que, no desejo de acertar na aposta – até porque as eleições aí estarão em 2014 – talvez exista uma verba capaz de produzir milagres, me esforço para acreditar, porque os demandantes da mesma (verba) sempre estarão em número superior a possibilidade de atendimento, o que retira da aposta uma quantia adredemente prevista, região por região.
Para garantir a presença de médicos suficientes, conforme a demanda do RS, o Programa Mais Médicos investirá não só nos eventuais profissionais Cubanos – meta inicial e agora uma das principais, mas também em alunos de curso Médico Superior em outros países da América Latina ou de relacionamento mais efetivo com o Brasil, como Portugal, Argentina e Uruguai, por exemplo.
Médicos que exerçam atividade hoje em seu país, mas que considerem estar a oferta brasileira em melhores condições de aceitabilidade, igualmente poderão concorrer às vagas, cabendo ao nosso governo mostrar a qualificação e a adequação do que for oferecido, sobre o que não cabe escrever ainda, mas gostaria sim, de fazer uma única e necessária defesa.
Como a maioria das opiniões, hoje, é contraria (pesquisas) à forma de pagamento aos profissionais Cubanos que ainda não foram destinados para o RS, gostaria apenas de salientar um pequeno detalhe, que em meu ponto de vista, é decisivo.
Pagar o combinado – como merece o médico, especialmente o que mudará de País para trabalhar – é fundamental e considero estar, neste ponto, o pilar maior da relação Brasil – Médicos contratados.
Qualquer tropeço neste item, adeus eleição e adeus credibilidade junto aos eleitores.
A relação é tão grande que, imagino, todos podemos ficar confiantes, sob pena de o resto da vida das autoridades do Brasil ser utilizada para explicar o inexplicável.
Então, vale a pena acreditar.