Entrevistei Dilma Rousseff em rádio e televisão a partir de sua atuação como Secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre (1985 a 1988), no Governo Collares. De 1991 a 1993, presidiu a Fundação de Economia e Estatística e mais tarde (1999 a 2002) foi Secretária Estadual de Minas e Energia, tanto no Governo Collares quanto no Governo de Olívio Dutra, no decorrer do ano que filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (2001). Suas respostas às indagações sempre foram rápidas, firmes e diretas, evidenciando conhecimento e vontade de satisfazer as necessidades do maior número possível de pessoas.
Ainda em 2001, Dilma chamou a atenção de Lula, já que o RS, do qual era Secretária Estadual de Energia, foi uma das poucas Unidades da Federação que não sofreu com o racionamento de energia no país.
No ano seguinte (2002), participou da equipe que formulou o Plano de Governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área Energética. Neste mesmo ano, foi escolhida para ocupar o Ministério de Minas e Energia, onde permaneceu até 2005, quando foi nomeada Ministra-Chefe da Casa Civil.
Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano – Revista Época – e, em novembro do ano seguinte, a Revista Forbes classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.
Dois anos depois, a Revista Times (EUA) incluiu-a na relação das 100 personalidades mais influentes do planeta e também, indicou-a como sendo a 3ª mulher mais poderosa da Terra.
Mérito após mérito, com sua participação na administração pública em diferentes governos, Dilma foi aclamada Pré-Candidata do PT à Presidência da República. Nas eleições Presidenciais de 2010, venceu no 2º turno com 56,05% dos votos, contra 43,95% obtidos por José Serra.
Com isso, tornou-se a 1ª mulher a conquistar a presidência brasileira.
Ao assumir o cargo a 1º de janeiro de 2011, prometeu, em discurso no Congresso Nacional: “Meu compromisso Supremo é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos! A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos”.
Em seu pronunciamento, proferido na Sessão de Abertura da Assembleia da ONU em 2011, recomendou: “Está na hora de substituir as Teorias Defasadas do Mundo Velho, por novas formulações para um Mundo Novo”.
A 1ª Presidenta que o Brasil elegeu – e da qual acabei de relembrar parte do esforço e do mérito como Secretária de Estado, Ministra de Minas e Energia e Ministra-Chefe da Casa Civil, justificou plenamente a importância que lhe concederam as revistas nacionais e internacionais, ao julgarem sua posição frente aos 2 ou 3 veículos de Comunicação escrita (jornais e revistas) da Mídia Mundial.
O acerto da expectativa de alguns dos Melhores Comunicadores do Mundo sobre Dilma, confirmou-se em várias oportunidades, antes de agora. A mesma firmeza de procedimento também foi observada durante o enfrentamento do caso de espionagem dos Estados Unidos. Após a revelação dos detalhes pelo programa “Fantástico – TV Globo – “até a iniciativa e o pronunciamento de Dilma Rousseff na defesa do que se propôs defender, o Brasil foi tristeza, mas também foi orgulho.
A nova presença de Dilma Rousseff na ONU e mais uma vez para representar os interesses brasileiros – ignorados e tratados como se não existissem – antecedeu todos os demais países que sofreram a mesma e incompreensível agressão.
Na ocasião, Dilma mostrou ser forte, severa, direta e ao mesmo tempo, política.
Ao seu país, interessava que ela dissesse cada palavra que falou e cada reprimenda que lhe veio à cabeça.
Como resultado – não imediato, mas principalmente de agora- quando um grande número de outros países receberam o mesmo tratamento e passaram pela mesma inconformidade e revolta, agora tenho certeza de que ninguém imaginará aprovar a insanidade cometida contra eles mas sim tentará sugerir uma forma de reprovação que satisfaça às pessoas e aos países agredidos.
Que é importante mostrar que ninguém gostou da invasão de sua privacidade, não tem a mínima dúvida. Até porque, antes de qualquer outra demonstração, uma mulher brasileira esteve na ONU e disse o que tinha que dizer e não ouviu o que não queria. Já é um grande caminho andado.