Para não incorrer em erros – sempre um impasse (dificuldade quase insuperável), tomo o cuidado de revisar o que escrevi nos últimos anos sobre procedimentos (mudanças, projetos, investimentos) do país e estado (em especial), nas últimas duas décadas, para verificar e rememorar o que relatei e sugeri.
Dos últimos 15 anos para cá, passou-se a viabilizar a grande valia que teria um metrô de superfície, incluído, às vezes, para a enorme parcela da população gaúcha, localizada no centro regional da Capital do Rio Grande.
No início do século XXI, um candidato à Prefeitura de Porto Alegre – Carlos Antônio Gomes – aventou a possibilidade de criar-se um sistema de Trem-Bala (l00 km de velocidade) até Tramandaí.
Recorri a João Antônio Dib, ex-Prefeito da Capital e o mais conceituado e respeitado político em ação, à época, como ainda hoje, já aposentado, para orientar-me sobre o assunto.
Perfilei-me entre os jornalistas que mais se preocuparam quanto ao tema da locomoção de moradores do Interior e de Porto Alegre até o litoral, preocupação esta que incluía a posição de Dib, para nós correta: “Só para as desapropriações de casas e terrenos, serão necessários bem mais de 20 anos” posicionou-me Dib, à época.
Tratei do assunto como capaz de ser realizável, mas também, sem uma urgência que pudesse enfraquecer esperanças.
Foi aí, pelos primeiros cinco anos já deste século (2005/6) que o assunto saiu das exclusivas preocupações dos gaúchos e ficou, também, na dependência dos políticos nacionais. Era a época do início do 1º Governo de Lula, que seria seguido do 2º, depois continuado por Dilma Rousseff, que diga-se de passagem, foi quem mais preocupou-se com o tema e sua aceitação por todos, assim foi.
É preciso ressaltar que sempre, no período de alguns anos, no giro do metrô entre Porto Alegre e São Leopoldo, não foi contabilizada qualquer morte no trânsito, no modal, graças ao cuidado que o item Segurança recebeu da empresa Trensurb.
O que devo ressaltar agora, há cerca de duas décadas do surgimento da ideia, é que há uma necessidade da grande maioria de possíveis futuros usuários, ou não, lutar pela concretização do Metrô POA – Torres e com uma certa urgência, pois o transporte ferroviário, cuja segurança começa na pista isolada onde as composições se movimentam e continua no custo do Projeto, situa-se bem mais em conta do que qualquer outro modal de transporte até agora experimentado.
Desde que escolhi – como uma de minhas principais metas, escrever para jornais do Interior e coloquei em minha agenda rádio e tv para a região – procuro tratar de temas que sejam do interesse do público do Interior do Estado (transporte, segurança, educação, esportes, entre eles).
Há formas de chegar-se de Porto Alegre ao Interior do RS, a começar pelo Litoral Gaúcho, com investimento bem menor.
A identificação de pontos entre Osório, Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Torres pode ser uma espécie de teste para viabilizar investimentos dos Governos Federal e Estadual, nos próximos 3 anos e 8 meses, na Linha 2 do Metrô, ou seja, da ordem de cerca de meio bilhão de reais, nas 4 ou 5 maiores sedes marítimas do metrô, cuja participação teria milhares de moradores permanentes, mas de contato familiar com o interior do estado.
Neste caso, a saída do Centro de Porto Alegre exigiria um investimento bem menor do que o inicialmente calculado, especialmente no que refere a obras subterrâneas.
Mesmo assim, se ainda continuar financeiramente elevada a participação dos dois governos (Federal e Estadual), um novo estudo será planejado, incluindo-se também municípios não-localizados nas praias, mas sim situados nas proximidades das mesmas. Um dos exemplos mais valiosos, é o de Três Cachoeiras – cidade campeã, no Estado, na exportação de bananas – entre dezenas de outros.
Detalhe importante: encontrar o caminho para simplificar o trajeto Farrapos até a Cairú-Fiergs, pode reduzir bastante o investimento relativo ao transporte de superfície.
Nesta matéria, trato como se tudo o que imagino estivesse sob uma mesma batuta: sei que não está. Mas sei também que o Rio Grande do Sul poderia voltar a conversar com Dilma Rousseff, tentando a viabilização da obra, em menor tempo e em custo bem mais reduzido.