Há alguns meses aconteceram negociações entre várias indústrias brasileiras, do setor leiteiro, tratando da exportação de leite em pó para a Rússia. Dentre as empresas de laticínios credenciadas ou habilitadas, a partir de um rigoroso processo de inspeção pelas autoridades sanitárias do país importador, está a Dália Alimentos (Cosuel), estabelecida em Palmas, o que não deixa de ser um fator relevante na valorização da nossa marca.
Em uma nova e recente rodada de negociações, o alvo das tratativas foram produtos derivados do leite, principalmente creme de leite (nata) e queijo. Os negócios estão bem encaminhados podendo esse novo intercâmbio comercial alavancar ainda mais a atividade de produção de leite, beneficiando o nosso Estado e sobretudo a região do Vale do Taquari, que possui uma qualificada bacia produtiva.
A questão de valorização da atividade deverá acontecer de forma bastante natural, pois na medida em que houver um aumento na procura da matéria-prima, automaticamente ocorrerá uma repercussão positiva na remuneração ao produtor.
RECURSOS PARA A SANIDADE
A área de sanidade do Rio Grande do Sul deverá receber um aporte financeiro de 4,5 milhões de reais para o desenvolvimento de programas preventivos em diversas atividades de produção animal.
A Secretaria Estadual de Agricultura está tratando de elaboração de projetos que receberão investimentos, e certamente a qualificação de produtos destinados à alimentação serão o foco das atenções.
Segundo o Ministério da Agricultura, existe uma ideia de criação de um Fundo Nacional de Sanidade, com o envolvimento dos 27 estados que, em parceria com a União, receberão recursos que contemplem ações planejadas e elaboradas.
DA CRISE PARA A VERDADE
A cada vez mais profunda crise financeira vivida pelo Estado, está trazendo à tona versões mais reais sobre situações até então camufladas e tratadas de forma inverídica e até irresponsável.
Nas últimas semanas aconteceram algumas mobilizações e reiteradas reivindicações no objetivo de se obter posições do governo do Estado, em especial da Secretaria de Transportes, relativamente a obras de infraestrutura em estradas, casos do trevo de acesso a Arroio do Meio e as ligações asfálticas de Capitão e Travesseiro.
Infelizmente existe hoje a grande possibilidade de nova paralisação da obra de pavimentação da rodovia Arroio do Meio-Capitão. Pois o Secretário de Transportes, com sinceridade, afirma que nunca houve e não há recurso reservado para a execução dessa obra. A sua continuidade, incerta, dependeria de repasses que o Estado aguarda, por conta de créditos da CIDE, que é uma contribuição ou taxa sobre os combustíveis, que o governo federal recolhe e parte é destinada às federações.
Na mesma situação encontra-se o projeto de asfalto a Travesseiro. Esse caso dependeria de recurso buscado através de financiamento, fato a ser confirmado futuramente. Esta versão, como afirmei, contradiz frontalmente o discurso de épocas passadas, quando, inclusive, aconteceram anúncios de assinatura de ordem de início das obras e na sequência esses atos eram adiados “por motivo de força maior”.
A solução do trevo estaria na dependência de priorização de parte da EGR e de suas receitas da cobrança de pedágios. Portanto, mais uma prova de que o Estado não tem recursos “reservados”.
Essa sucessão de mentiras, durante muitos anos, inclui, inclusive, uma ação de políticos locais, com promessas de executar um quilômetro de asfalto por ano, caso o Estado não realizasse a obra. Infelizmente temos no meio político esse tipo de atitudes e às vezes levamos um bom tempo para perceber a falta de honestidade e sinceridade.