O prefeito Sidnei Eckert está se preparando para sair do seu mandato de oito anos “por cima”. Fez o sucessor e na reta final vai entregar várias obras com pagamento à vista, como garantiu esta semana. Entre estas obras, com recursos próprios, estão o recapeamento da rua que liga a RS 130 à Barra do Forqueta, em frente ao salão com investimento de R$ 550 mil; na sequência também está previsto o fechamento da quadra da Escola Itororó em Palmas e na escola de Forqueta e licitação para mais uma sala de aula para a Escola Construindo o Saber no bairro Navegantes.
Controle e planejamento
Eckert disse que enquanto muitos municípios estão trabalhando em turno único e sofrendo por conta da falta de caixa, em Arroio do Meio o dinheiro para o 13º salário já está garantido e que quando há planejamento, organização e controle rigoroso dos gastos é possível fazer investimentos que a comunidade anseia. “Ao contrário do que muitos talvez imaginaram, não estamos trabalhando nestas obras com finalidade eleitoral, mas sim porque temos recursos disponíveis. Este sempre foi nosso jeito de trabalhar, ou seja a certeza de poder pagar. Com responsabilidade. Não gastando mais do que se arrecada.”
Teto de gastos
Para a absoluta maioria dos brasileiros é difícil entender o orçamento público e o detalhamento da PEC – Proposta de Emenda à Constituição 241 que prevê um limite para os gastos públicos por 20 anos. Na segunda-feira ela foi aprovada em primeiro turno por 366 votos favoráveis contra 111 contrários e duas abstenções.
Enquanto os que votaram a favor argumentam que ela limita o endividamento e abre possibilidade de investimentos e confiança, os que votaram contra argumentam que ela compromete os investimentos na área social. Pois bem. Não podemos opinar porque é difícil ter a dimensão da capacidade de retomada de investimentos mas de uma maneira bem simples a equação pode ser esta. Não se pode gastar mais do que se ganha. É o que tem sido feito em muitos estados, municípios e União. Então de alguma forma é preciso começar a cortar gastos e no decorrer destes 20 anos – caso a PEC passar pelo segundo turno e Senado, mudar os rumos, com os cortes diluídos em maior espaço de tempo para que não haja impacto em áreas prioritárias. É como em casa e nas nossas empresas. Quando não há mais dinheiro porque ele foi mal empregado, planejado a médio e longo prazo, o jeito é cortar. Todos sabemos que de certa forma vivemos um período com política fortemente voltada para o consumo. Como cortar? Onde? Quem penalizar? Quem vai pagar a conta? Também são questões políticas que devem ser bem avaliadas .
Mas é certo que politicamente precisamos acabar com esta cultura de que o Estado não vai à falência. De que no setor público dá para ir empurrando com a barriga. Se assim fosse, não teríamos exemplos aí, como é o caso do Rio Grande do Sul que não tem dinheiro para pagar em dia o salário dos seus funcionários. Falta de planejamento e responsabilidade que chegou ao limite.
Eleições municipais
Ainda repercutem os resultados das eleições municipais. Dos próprios candidatos se ouve que o Caixa 2 funcionou muito. Que a compra de
votos entre quatro paredes ficou blindada e que a relação entre eleitor e candidato – corruptor e corrupto – esteve na ativa. Dizer o quê?
Vidas que se vão
É praticamente impossível passar um dia sem que alguém próximo, querido ou conhecido não deixa esta vida terrena. Muitos destes partem ainda bastante jovens ou com perspectiva de anos pela frente, não fosse uma doença mais grave ou tragédia. Mas mesmo que partem com idade mais avançada, deixam a dor da ausência e da saudade pela importância que tiveram em nossas vidas. Nunca mais podemos conversar com estas pessoas, abraçá-las, dizer que as amamos, desfrutar do seu convívio, sabedoria, conhecimento, afeto, particularidades. Registro aqui nesta semana com pesar a passagem do jornalista e radialista, Valdir Schardong, que no começo da década de 1980 dividiu comigo a direção do jornal O Alto Taquari, antes de se transferir para Teutônia onde seguiu a vida profissional, sempre com seu jeito muito próprio na comunicação impressa e radiofônica.
Também o pesar pela ida do Camilo Willsmann, pai da minha afilhada Tati e referência como pescador que era presença certa nas Feiras do Peixe na Semana Santa aqui em Arroio do Meio, para preparar e fritar o peixe.