Sem ter que passar as chaves da prefeitura para adversário político, num clima de continuidade, o prefeito Sidnei Eckert está aproveitando o período para visitas a gabinetes no governo estadual e federal. No último dia 13 esteve m Porto Alegre para apresentações, reforçando agendas, infelizmente “velhas” como é o caso do asfalto a Capitão. Aqui na Redação já estamos bem cansados deste assunto e o nosso desejo de que a próxima manchete sobre o assunto possa ser a inauguração.
Nesta semana esteve em Brasília, com visitas a vários gabinetes, acompanhado do prefeito eleito Klaus Werner Schnack, para fazer as devidas apresentações, mantendo abertas as portas e o bom relacionamento que Eckert soube conquistar. Com Michel Temer no comando e com base legislativa eleita com partidos de expressão no Congresso, certamente Arroio do Meio será bem recebido e ouvido.
Abalo na campanha
Em Porto Alegre, onde as eleições municipais se tornaram bastante acirradas no segundo turno, envolvendo os candidatos Sebastião Melo (PMDB) e o tucano Nelson Marchezan Junior acabaram em tragédia. O coordenador do plano de governo do candidato Sebastião Melo, do PMDB, Plínio Zalewski morreu e as investigações iniciais levam a crer que foi suicídio. Ele foi encontrado morto na segunda-feira, no banheiro do comitê. Se foi, ou não é difícil saber, porque as razões exatas de uma morte sempre são muito complexas. Muito mais num caso destes, quando envolve a disputa pelo poder. Na guerra política, a mentira é muitas vezes a arma mais poderosa e por quem a lança pode parecer simples jogo de informação. Mas é preciso avaliar, que as pessoas têm família, amigos, história pessoal e sentimentos. No bilhete deixado, Zalewski, que tinha vasta experiência política, falava em “se sentir pressionado e perseguido”. De onde vinham a pressão e perseguição, em que peso e medida serão o desafio da investigação, para que se faça justiça. Mas para o eleitor, tudo fica embolado nesta véspera de eleição.
Aliás, a política infelizmente continua descambada. Ou a violência é praticada contra o outro. Ou contra si mesmo. Uma espécie de automutilação. A violência física ou de outras tantas formas como a por palavras agressivas, que rolam pelas redes sociais têm sido constantes.
É lamentável. Precisamos voltar a ter uma boa política. Uma política na qual você sabe em quem vota. No ano passado foi feita uma pequena reforma eleitoral. Mas ela não foi aprofundada. Exemplo são coligações na proporcional pela qual, vários partidos podem se juntar temporariamente com o objetivo de ganhar a eleição. Os que são contrários a estas coligações, alegam por exemplo, que elas fazem perder a identidade do partido, o que a sigla defende em termos de programas e ideias. Se eu voto numa pessoa, não sei se aquilo que ela é ou defende é o que vai valer. Quando há uma eleição, verifica-se que há uma grande disputa entre os próprios partidários, colegas de partido e de coligações. Não há uma reverência ou orientação geral a ser seguida.
Do modo como a política é feita e encarada, os inimigos podem estar dentro do próprio partido bem como no ambiente adversário. Como mudar esta cultura? Entre outras formas, pelo menos, deixar bem claro o que o partido defende. Para ser candidato, o camarada deveria ter um perfil que passou por critérios de seleção e avaliação mais apurados.
Sindicatos
O Brasil é um dos países no mundo com maior número de sindicatos. De 2005 para cá surgiram 2050 entidades, somando mais de 15 mil. Algumas destas entidades surgem com o único intuito de arrecadar a contribuição obrigatória, o que também suscita a necessidade de fazer uma reforma, assim como a trabalhista. A função dos sindicatos de defender justiça social muitas vezes está longe de ser cumprida, tendo uma finalidade muito mais corporativa e sem consonância com a realidade do mercado de trabalho. Entre os sindicatos, segundo dados de 2011, 10.176 são de trabalhadores e 4.840 patronais.
A CUT defende a pluralidade sindical e o fim do imposto obrigatório.
Em comparação a outros países, a Dinamarca tem 164 sindicatos. Na Argentina tem 91, no Reino Unido, 168.