Está em curso há bastante tempo uma nova ordem econômica mundial. Enquanto há 30, 40 anos, se construía e consolidava uma globalização liberal, abertura de fronteiras comerciais, com a eleição de Donald Trump haverá maior protecionismo. Como os EUA ditam muitas regras, queiramos ou não, as propostas do presidente eleito são mais nacionalistas. Pretende o novo governo tarifar produtos importados, restringir a vida de imigrantes e assim por diante tudo para que os americanos possam ocupar mais vagas de emprego, consumir mais produtos nacionais e assim por diante. Esta tendência mais nacionalista, na defesa de empregos e produtos nacionais também é visível na Europa.
No Brasil
Também o Brasil está em mudanças. Depois de um período de euforia e alto consumo pela população e com governos de Norte a Sul gastando muito além da conta, sem se preocupar com o que viria, nem com a Lei de Responsabilidade Fiscal, temos que nos reciclar; o que vale para o que é de ordem pública ou privada. Em muitos estados ou municípios onde a crise está maior, o problema foi sendo empurrado com a barriga para não tomar medidas antipopulares. O político em geral não gosta de fazer isto porque tem medo de que estas medidas possam interferir no voto. Nas empresas também é dramático demitir.
Já falamos várias vezes das crises dos estados neste espaço. Infelizmente, governadores, deputados, prefeitos e também integrantes do Poder Judiciário e outras instituições com poder de influenciar – deixaram as coisas chegar a uma situação bem crítica. Agora tem quer achar soluções mas em termos públicos por exemplo, não é justo que servidores, principalmente os que ganham menos, tenham que ser os mais penalizados, com parcelamento dos salários e taxação com maior contribuição. No Rio de Janeiro houve de tudo esta semana: invasão na Assembleia Legislativa, dois ex-governadores presos (Antoni Garotinho e Sérgio Cabral). Lembrando que as confusões e protestos foram por conta das medidas que estão em discussão que deveriam ser um laboratório a ser aplicado em outros estados.
De uma vez por todas precisamos colocar um teto para os salários mais altos, tanto no Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Tem salários completamente fora da realidade mundial, muito mais brasileira.
A grandeza da Associação Comercial e Industrial de Arroio do Meio
Há um impasse entre a transferência ou não da Câmara de Vereadores de Arroio do Meio para uma das salas da Associação Comercial e Industrial de Arroio do Meio. As amplas e modernas reformas estão para serem reinauguradas dia 2 de dezembro. O que se discute basicamente é se é necessária a transferência do Legislativo, para a utilização do espaço em apenas duas reuniões mensais – passando a onerar os cofres públicos com valores bem expressivos. A nova estrutura exigiria mais gastos com funcionários e manutenção. Hoje a Câmara tem uma sala que funciona no prédio da prefeitura. Entre os argumentos para a transferência está a acessibilidade da nova sala. Por outro lado a Associação precisa alugar o espaço disponível para fazer frente aos investimentos. O assunto ainda vai merecer um debate mais aprofundado, que esteja à altura da grandeza e importância de nossas empresas representadas pela instituição Acisam que tem uma história honrosa e das decisões responsáveis do próprio Executivo e Legislativo. Com um pouco mais de planejamento haverá de se encontrar a melhor saída levando em conta custos e benefícios não apenas imediatos, mas de longo prazo que respeitem as autonomias do Executivo, Legislativo e Acisam.
Cargos em comissão
Deve haver uma redução nos cargos em comissão no início do próximo governo em vários municípios. Em Arroio do Meio também rola pelos bastidores dos próprios funcionários este pânico. Aqui o corte de cargos excedentes foi proposta na agenda da oposição durante a campanha. Diante da diminuição da arrecadação pela falta de crescimento da economia, a situação precisa ser bem avaliada. O prefeito eleito Klaus Werner Schnack ainda não se pronunciou oficialmente a respeito do assunto. Disse que é preciso estudar e avaliar bem.
Adaptação rápida
É impressionante como a maioria das pessoas se adapta rapidamente a situações de diminuição do poder aquisitivo. Acho que é porque a maioria tem fortes raízes que vem da roça. Mesmo morando em apartamento ou numa casa na cidade ou bairro cresceu muito o número de famílias que aproveita para produzir suas próprias verduras. A atividade, além de passatempo, reduz o custo do mercado e dá segurança alimentar.