O ano de 2017 infelizmente não começa bem para muitas famílias. Cada uma ao seu modo sofre por perdas inesperadas e este sofrimento é ainda maior enquanto não se entende as razões exatas da partida de alguém querido da família. Uma vida que não volta mais. O que faltou fazer para salvar esta vida? Era um quadro irreversível? Houve falha no diagnóstico? Faltou agilidade e eficiência no atendimento? Como fica o atendimento de médicos especialistas em feriados e finais de semana? Até que ponto a tecnologia de um exame é confiável? Como anda a relação médico e paciente para que o diagnóstico seja o mais preciso possível? E como estão as vagas de internação da UTI regional em Lajeado?
Claudiomiro Müller e seu filho Matheus de 17, e demais familiares, estão vivendo a angústia e tristeza desta perda e tem suas convicções sobre o atendimento recebido pela esposa e mãe Juraci que faleceu no dia 1º de janeiro perto da meia noite no Hospital Bruno Born em Lajeado, depois de ter sido levada inicialmente para o Hospital São José de Arroio do Meio, na manhã daquele mesmo dia. Profundamente entristecidos, ainda querem entender o que aconteceu e relatam que a mulher estava se sentindo mal com fortes dores no peito pela manhã, e o marido insistiu para ir ao médico em Arroio do Meio quando foram atendidos pelo plantão. Segundo relato do marido teria sido feito um eletro, mas o médico os tranquilizou dizendo que não havia nada de anormal. Receitou medicação contra a dor e forneceu uma receita de remédio para tomar em casa, já que poderiam ser liberados depois do período de observação e medicação. Depois de aplicada a medicação, a dor não passou e sua esposa vomitou e se queixou de frio. Dormiu uma meia hora, mas ao acordar teve tosse seca e na tentativa de levantar novamente vomitou e desmaiou. Com o agravamento do quadro segundo relato do marido foi intermediada uma transferência urgente para a UTI de Lajeado, mas segundo Claudiomiro e seu filho, o estado de Juraci tinha se agravado, tanto que teriam dito para o menino que a chance de sobrevida era de apenas 3%. Segundo o marido e filho, em Lajeado não chegaram a internar na UTI, ficaram apenas na espera e eles não souberam precisar se foram atendidos por um cardiologista.
Estamos fazendo este pequeno relato, não apenas como forma de solidarizar com o sofrimento da família pela perda, o que ocorreu recentemente com outras duas famílias, quando perderam um ente querido de forma inesperada mas também para falar da importância da vigilância em torno de um atendimento qualificado, com diagnóstico e prescrição de medicação correta mas também do atendimento humano com o paciente e sua família o que não deixa de ser uma relação individualizada e faz parte desta missão que é salvar vidas e proporcionar qualidade de vida e menor sofrimento possível.
Papel de legislar e fiscalizar
Enquanto a maioria dos vereadores usaram o espaço da primeira reunião para fazer agradecimentos e gentilezas, o vereador Darci Hergessel (PDT) trouxe à tona um assunto muito sério e preocupante. A vereadora Adiles Meyer (PMDB) que trabalha na secretaria da Saúde, teria feito entre 16 de novembro e 15 de dezembro, 97 horas extras, quando o máximo permitido seria de apenas 60 horas. Ele também fez um alerta para o fato de vereadores que ocupam cargos públicos na prefeitura saírem no horário de expediente para atender assuntos políticos e não terem estes horários descontados, recebendo duas vezes: como vereador e como função pública.
Mesa da Câmara
Sob a presidência de Paulo Volk (PMDB), a Câmara de Vereadores realizou sua primeira reunião ordinária na última quarta-feira, tendo como vice-presidente Rodrigo Kreutz; secretária Adiles Meyer e vice-secretário Marcelinho Schneider. O líder do PDT na Câmara, Darci Hergessel disse que o fato da composição da mesa não ter integrantes membros de outros partidos fere a Lei Orgânica e que a situação foge de uma prática tradicional do Legislativo de Arroio do Meio que sempre procurou formar chapas e comissões pluripartidárias. O presidente Volk disse que a oposição foi consultada mas não quis cargos.
Norberto Ritt
Justa homenagem ao radialista Norberto Ritt com o nome de uma rua. A moção foi feita pela vereadora Adiles Mayer (PMDB). A matéria completa está na página 7.