Mais de 300 mulheres estiveram reunidas na quarta-feira à noite em evento dedicado a elas, promovido pelas rotarianas. Já se falou sobre o assunto mas gostaria de fazer alguns apontamentos sobre a ocasião: em primeiro lugar parabenizar o Rotary pelo 3º Chá Palestra Brechó beneficente, que comprovou que com atitude, participação, conhecimento e envolvimento (das organizadoras) se pode transformar um simples evento em oportunidades diversas para um público feminino bem expressivo (350 mulheres participaram e a adesão cresceu em100% do primeiro para o 3º encontro). Como disse a presidente Mari Marchini, o encontro foi preparado com muito carinho em todos os detalhes e na sequência da casa cheia (salão do Clube Esportivo) com a participação de mulheres de diferentes faixas etárias – com menos de 20 até mais de 80 – cada uma veio representando sua história de vida ali naquele momento,- criou uma sinergia muito positiva.
Destacar também a presença da Escola de Música da Josélia Jantsch Ferla, que faz um trabalho diferenciado com sua sensibilidade artística e da palestrante Mileine Vargas que atraiu a atenção do público pela sua experiência e capacidade profissional. Aplausos.
E finalmente destacar que através de um evento social – chá, brechó, palestra, com apoio de patrocinadores, se projetou renda para o Banco Ortopédico, instalado na Karis Farma, que já beneficiou muitas pessoas numa hora de dificuldade inesperada e ainda vai ajudar muita gente. Dizer que o serviço voluntário está ao alcance de qualquer um, e pode ser feito de várias formas e ao fazê-lo somos mais felizes. Como disse a palestrante: é preciso saber para onde se vai, e como ir, acreditar em si, que tudo fica mais fácil. E no ato de doar, sempre há um retorno positivo. Até o próximo Brechó, com a energia e história de vida de todas.
Redes sociais
Não resta a menor dúvida que as redes sociais vieram para ficar e que norteiam as comunicações entre as pessoas. São ótimas para contatos, para dar um alô e dar agilidade a informações. Mas uma frase dita pelo escritor e filósofo italiano Umberto Eco, um pouco antes dele morrer em fevereiro de 2016 aos 84 anos, merece no mínimo uma reflexão. “as redes sociais deram a palavra a uma legião de imbecis que antes só falavam numa mesa de bar depois de uma taça de vinho, sem causar qualquer prejuízo à comunidade. Eles eram silenciados rapidamente, mas agora têm o mesmo direito de falar de um Prêmio Nobel. É a invasão de imbecis.” Claro, nem todos usam as redes sociais para atacar os outros, inventar histórias, se exibir, mas o recado deixado pelo escritor faz com que a gente pense duas vezes na hora de compartilhar. Divulgar informações e notícias com o objetivo de atrair cliques, também virou negócio para muita gente. Não importa se a notícia é verdadeira ou não. O importante é o número de cliques e para isto, sempre terá um patrocinador interessado.
Violência
Cada dia que passa ficamos mais estarrecidos com o que está acontecendo. Violência e mais violência. Não passa semana em que uma agência bancária não é assaltada. Esta semana foi na pequena cidade de Fontoura Xavier. Parece que nós voltamos aos tempos pré-civilização. Violência ostensiva e direta ou então indireta. Só não venham ninguém dizer que isto é resultado de um, dois, três anos… Foi incompetência sistemática com o dinheiro dos impostos mal aplicados em segurança, educação, trabalho, saúde nas últimas décadas.
Um pai de família me encontrou esta semana e estava chateado. Tinha ligado para a Brigada Militar para pedir que fizessem uma ronda numa pracinha pública, onde adolescentes e jovens estavam em atitudes impróprias. O atendente da BM disse que isto só seria possível em duas ou três horas… quando teria alguém para a tarefa. Que prioridades têm o Estado?
Em relação à falta de segurança, o que incomoda também é que se cria um sentimento de insegurança tão grande que as pessoas não conseguem mais ter uma vida normal. O medo é um sentimento muito ruim porque impede das pessoas se desenvolverem de forma livre. Isto também se pode dizer a quem tem filhos adolescentes ou jovens que para se desenvolverem de forma saudável precisam ter direito de ir e vir. Mas de forma segura.
Impostos em horas
No Brasil trabalhamos 2.600 horas por ano como forma de pagamento de impostos. A fonte é do Banco Mundial.