É dramático quando o diagnóstico é confirmado. Ou seja: as dificuldades na segurança pública apontam para um sistema complexo e precário, para não dizer falido. Num curto espaço de tempo não há garantia de segurança compatível com o pagamento dos nossos impostos, porque o Estado e União responsáveis pela Segurança Pública não garantem os serviços e ações que teríamos por direito através da Constituição porque alegam não ter recursos financeiros. As autoridades da Segurança Pública no município também confirmaram em uma reunião Pró-Segurança Pública o cenário.
Leis muito brandas ou incompatíveis com a realidade, sistema prisional falho, morosidade na condução de processos, falta de investimentos em tecnologia de inteligência e principalmente na segurança preventiva com efetivos suficientes na Polícia Civil e Brigada Militar, são alguns dos problemas apontados para a falta de segurança pública mesmo em cidades menores. Não há recursos financeiros. E, a lei não é igual para todos.
Precisamos manter a esperança e a união
Como cidadãos que trabalhamos, deixamos na conta do Estado a responsabilidade da segurança, mas quando este retorno não é satisfatório, a mobilização, vigilância, colaboração da sociedade é crucial.
Aqui em Arroio do Meio, de um modo geral vivemos uma situação privilegiada em termos de segurança em relação a muitos outros municípios segundo apontam os números. Temos emprego que gera renda e há uma forte participação comunitária no sistema de educação e o atendimento na área da saúde não oferece maiores problemas, por enquanto. Ainda assim, é difícil encontrar alguém que não tenha sido vítima de um furto ou arrombamento. Para ampliar as medidas de controle e segurança, diante de crimes como furtos e arrombamentos e insegurança pessoal, cresce a mobilização de um grupo disposto a debater a questão junto com as autoridades competentes. Através do debate contínuo se poderá ampliar a vigilância para que se consiga a médio e longo prazo maior efetivo dando melhores condições de trabalho. Neste sentido a articulação política do prefeito, vereadores e integrantes da Segurança Pública e da comunidade para reivindicar junto ao governo do Estado, maior efetivo tanto para a Polícia Civil quanto Brigada, é fundamental. Paralelamente aos encontros que foram propostos por iniciativa do Pastor Jair Erstling, deverão ser criadas outras ações para acolher e criar condições favoráveis para os que estão em condições vulneráveis. Não podemos falar apenas em medidas punitivas. Temos que trabalhar em ações de ressocialização, de combate e prevenção de drogas lícitas e ilícitas com a participação das entidades responsáveis como Cras, igrejas, escolas, conselhos comunitários, órgãos de divulgação…
Operação Carne Fraca
Diante de todos os desdobramentos da Operação Carne Fraca, o que se lamenta é a irresponsabilidade de algumas empresas, no manejo e produção de alimentos, mas também de quem fiscaliza, denuncia e publica que nem sempre está preparado para averiguar todas as consequências dos atos. No caso, evidentemente cabe punição às empresas, funcionários da iniciativa privada e pública que cometeram irregularidades e brincaram com a saúde das pessoas e com a imagem dos nossos produtos no mercado interno e externo e no custo para recuperar estas perdas, num momento em que estamos todos passando por tantas dificuldades. Também lamentar porque quem sai perdendo são todos os que fazem parte da cadeia produtiva da produção e carne bovina, aves e derivados.
Propaganda
Depois de artistas famosos como Tony Ramos, Roberto Carlos e a apresentadora Fátima Bernardes serem as estrelas das campanhas publicitárias da JBS e marcas Friboi e Seara esta semana, imediatamente quem defendeu a qualidade dos produtos foram colaboradores da empresa ou integrados.
Perda de empregos
O prefeito de Travesseiro, Genésio Hofstetter, tem um enorme desafio pela frente neste início de governo. A perda de pelo menos 40 vagas de trabalho. Em torno de 30 são funcionários da Rancho Belo, que foi interditada na semana passada, situação que poderá ser revertida.