Arroio do Meio tem uma economia diversificada. São centenas de pequenos, médios empreendimentos que fazem nossa economia girar sem o fantasma do desemprego. Ao longo dos anos as administrações públicas têm concedido consideráveis incentivos financeiros para o crescimento de várias empresas. Estas parcerias, aliadas à responsabilidade social dos seus empreendedores com investimentos em melhorias nos processos de produção, compra de equipamentos, novas plataformas de fábrica, contribuíram, em parte, para que nos últimos cinco anos a participação da indústria evoluísse. Dados da secretaria da Indústria e Comércio de Arroio do Meio indicam que esta participação que era de 55,98% passou a ser de 65,63% em apenas cinco anos. Se por um lado os dados são otimistas em relação à nossa capacidade e potencial produtivo, não há dúvida de que a conjuntura local e regional também dependem muito do clima geral do país e do mundo.
Neste momento, a maior dificuldade para quem trabalha não apenas na indústria, mas também no comércio e setor de serviços é em relação à estabilidade política. Só com estabilidade política será possível fazer projeções a médio e longo prazo. Como já tivemos desempenhos negativos, a retomada será lenta, mas será menos traumática para quem não teve que paralisar atividades e que mesmo em meio à crise dos últimos anos continuou investindo, como é o caso de várias das nossas empresas principalmente as que empregam maior número de pessoas.
Perto do fim…
Diante de nova sequência de acontecimentos nefastos ocorridos esta semana, com protestos organizados pelas centrais sindicais que levaram centenas de ônibus a Brasília e que acabaram fugindo do controle com depredações injustificáveis por conta de baderneiros infiltrados, como foi anunciado – é possível imaginar que estejamos chegando ao fim do ciclo da chapa Dilma –Temer ou Temer–Dilma.
Afinal desde que começou a última campanha eleitoral em 2014, praticamente não tivemos agenda positiva em Brasília e o resto do país ficou de alguma forma à mercê das decisões e do clima gerado pela guerra suicida entre interesses corporativos e os partidos antes aliados depois opositores, o que só mostra que ao acabarem as coligações já resolveríamos boa parte do nosso frágil sistema político.
Depois da eclosão do escândalo da JBS com a delação dos irmãos Batista, donos do maior empresa de proteína animal do mundo delatarem que doaram milhões em propinas para mais de 1800 políticos, o que mais se almeja é que esta sangria seja estancada. Com o aval e interferência da Justiça. Informações dão conta de que só com a queda das ações do frigorífico da JBS, o BNDS e a Caixa perderam mais de R$ 3 bilhões nos últimos dias. E pensar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social deveria ter como prioridade fomentar apenas o desenvolvimento de nossas empresas… e não atender interesses políticos e pessoais, como mostram as delações.
O Brasil da produção, o Brasil que acorda cedo, o Brasil que trabalha, o Brasil que paga religiosamente seus impostos, o Brasil cheio de esperança não pode esperar mais. Ele merece estabilidade política e respeito.