Estão em fase final as convenções e os candidatos, mesmo que tenham um prazo para registrar os nomes, entram com mais força no páreo em busca do voto. Com prazo apertado de campanha, o eleitor terá pouco tempo de conhecer os projetos e propostas de cada candidato, uma vez que o atual sistema político limita o tempo de propaganda política.
No Brasil, na história recente temos visto que um presidente que não dialoga ou não tem apoio do Congresso pouco realiza, o que justifica a necessidade de votar em alguém para o cargo máximo com extrema capacidade e experiência em parlamentares cujas formas de pensar e agir sejam coerentes, além de procurar conhecer suas propostas. Será pela televisão, jornais, revistas e rádios, além da análise de gestões em curso ou passadas apresentadas pelos candidatos aos cargos em disputa, que a maioria do eleitorado poderá efetivamente saber quem está mais apto para conduzir o Brasil neste momento tão delicado e difícil. Somos quase uma terra arrasada, não por terremotos ou guerras, mas por um grande descaso de espírito público de quem ocupou e ocupa cargos por projetos de poder pessoal e não a serviço da Nação. Sempre é bom destacar que a boa política é essencial, e que há muitos candidatos sérios, capazes, abnegados, mas a população também tem que fazer a sua parte, que começa pelo exercício de conhecer os candidatos.
Se fala bastante da questão do desemprego que beira os 13 milhões de pessoas em busca de trabalho (neste contingente estão muitas pessoas totalmente despreparadas) e estamos passando por um grande retrocesso na saúde, segurança pública e infraestrutura. Diante deste quadro, um candidato a presidente da República, que não tiver um plano efetivo de educação como base do seu governo para recolocar o país na rota do desenvolvimento não merece credibilidade. Há muitas diretrizes a serem seguidas, como a capacidade de cortar privilégios,- investir na volta do desenvolvimento com empregos para gerar renda, mas uma proposta de educação a médio e longo prazo que possa beneficiar principalmente o ensino básico é fundamental.
Assim como as atenções se voltam para a escolha do mandatário máximo da Nação e congressistas comprometidos com as mudanças urgentes que terão que ser implementadas, entre as quais a volta da confiança do povo no Brasil, as eleições para governador do Estado e deputados estaduais também têm um peso na vida de todos nós. Infelizmente, o Rio Grande do Sul é hoje um dos estados mais endividados, tem problemas sérios de segurança pública e infraestrutura e o eleitor tem que estar atento na hora do voto às propostas apresentadas pelos candidatos. Em relação à eleição para a Assembleia Legislativa é muito provável que a maioria possa votar em candidatos conhecidos, uma vez que tanto os que se apresentam pela primeira vez como candidatos que já ocupam cargos, podem ser avaliados pelo que fizeram e pelas propostas atuais. O eleitor pode avaliar o nível de comprometimento de cada um com as mudanças necessárias.
Encontro dia 9
O vereador Darci Hergessel, que está licenciado do cargo desde a última quarta-feira, quando assumiu em seu lugar o suplente Juarez Petry, está organizando, em nome do partido, um encontro de líderes trabalhistas para o dia 9, no espaço social do prédio onde mora, (Prédio do Cé, em frente à secretaria de Educação). A ideia é trazer o candidato ao Palácio Piratini, Jairo Jorge, que já esteve em Arroio do Meio no ano passado. Candidatos novos e à reeleição a deputado estadual e federal deverão estar presentes no encontro de trabalho que deve reunir em torno de 80 pessoas, incluindo vereadores e o ex-prefeito César Beneduzzi. Na noite haverá novas filiações. Entre os candidatos à AL, Gerson Burmann, Enio Bacci, Airton Artus (ex-prefeito de Venâncio Aires) confirmaram presença. Para deputado federal deverá estar presente Afonso Motta que busca a reeleição.
Candidaturas regionais
Os vereadores Vanderlei Majolo e José Elton Lorscheiter estiveram em visita ao AT no começo da semana para apresentar a pré-candidata do PP, Mareli Vogel, que nas eleições passadas concorreu a uma vaga para deputada federal. Neste ano ela deverá concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. Os progressistas defendem a necessidade de representatividade política regional e argumentam que pelo número de eleitores do Vale, “poderíamos ter até três representantes”. O PP, segundo o presidente Pantera, ocupa atualmente a primeira posição em número de prefeitos e vereadores no Rio Grande do Sul e é o segundo no Vale do Taquari em número de vereadores e prefeitos. Não tem diretório em Pouso Novo e Boqueirão do Leão. A falta de representatividade, – segundo a coordenadora regional do PP, Mareli Vogel que deverá ter seu nome homologado neste final de semana na convenção,- prejudica a destinação de recursos para obras e projetos elencados pelas comunidades.