Estamos num momento crucial da vida política brasileira. Em oito dias teremos o pleito e além das eleições proporcionais, numa primeira etapa, definiremos quem queremos para ser o futuro presidente da República. Nos últimos dias a onda se encaminha para uma polarização entre o candidato Jair Messias Bolsonaro do pequeno e pouco representativo PSL, e de Fernando Haddad (pelo menos o que indicam as pesquisas) do PT, que governa o país desde 2002, com oito anos do mandato de Lula e mais seis da Dilma Rousseff, que sofreu impeachment cedendo espaço ao seu vice Michel Temer do MDB, partido com o qual o PT firmou aliança nas duas últimas eleições nacionais e que acabou rompendo depois da crise do Governo Dilma. Como sabemos, os petistas disseram que o MDB teria se aliado ao PSDB com um golpe, mas no atual cenário, é preciso lembrar que Lula, preso em Curitiba desde o dia 7 de abril deste ano, nunca deixou de apoiar alianças com o MDB, como fez durante as caravanas que liderou a partir de outubro de 2017, quando saiu em campanha para ser candidato a presidente da República, intento que só foi interrompido por conta da Lei da Ficha Limpa, que barrou sua candidatura no dia 1º de setembro. Entretanto, não impediu que dirigisse de Curitiba todos os passos do partido de modo que até aparece em várias campanhas eleitorais de candidatos que querem se aproveitar da sua popularidade para conquistar votos. Correligionários do PT, aliás, concordam que a estratégia política – (da propaganda Pró-Lula com amplo espaço na mídia nacional, insistindo na candidatura, independente de moderação, temor ou recuo em relação a escândalos de corrupção, prisões, irregularidades) foi correta e eficaz até agora. Em alguns panfletos ele até aparece como candidato.
Cenário 2
Jair Messias Bolsonaro, deputado federal desde 1991, no seu sétimo mandato, filiado ao PSL, lidera as pesquisas desde o início da campanha, preferência que se consolidou mesmo depois de ter sofrido um atentado, (foi esfaqueado o que quase o levou à morte). Nos cenários de primeiro turno, um fenômeno chama a atenção. A grande simpatia e adesão espontânea de pessoas de diferentes profissões, nível de escolaridade, jovens, que fazem campanha nas redes sociais, bem humorada, através de depoimentos, paródias de diversos ritmos musicais com letras críticas, perspicazes, vindas de artistas independentes em favor do candidato. Há fortes evidências de que estas adesões à candidatura do capitão da reserva Jair Bolsonaro e seu vice representam o descontentamento de segmentos da sociedade brasileira cansada de ser ignorada. Da falta de segurança, educação desvirtuada, saúde precária, corrupção, promessas não cumpridas e dos privilégios de uma elite que aumenta dramaticamente os custos do Estado, que deixam o país à beira da falência como já tem ocorrido com a Venezuela. Grande parte da sociedade quer romper com este sistema estabelecido, e que, apesar da Lava Jato, tem ramificações muito fortes em muitos setores públicos, privados e conexões internacionais.
Cenário 3
Diante da consolidação das intenções de voto em Bolsonaro, candidato que representa uma possibilidade de ruptura (pelo menos nas esperança e expectativas do eleitor), nesta reta final de campanha começou a desconstrução da sua imagem. A desconstrução de candidaturas tem sido utilizada mais ou menos durante as campanhas em diferentes âmbitos. Ela é maquiavélica e trabalha com a falta de conhecimento do eleitor. Na mesma proporção, maquiar a imagem de candidaturas, criando personagens falsos não só na aparência, mas nas ações, como tem ocorrido com a atuação de marqueteiros profissionais, também deixa o eleitor sem um debate construtivo sobre as prioridades que deveriam ser debatidas, confrontadas em uma campanha. Um antigo político de Arroio do Meio gostava de dizer que “o zé povinho gosta de ser enganado”. Imaginem como é complexo saber quem é quem neste jogo eleitoral com tantos candidatos. Que critérios usar? Como escolher bem nossos futuros representantes?
Cenário 4
Na esfera presidencial, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) não conseguem convencer o eleitor e se tornar mais competitivos na busca dos votos. Quais são as principais razões, principalmente considerando que tanto o candidato tucano quanto o pedetista tem experiência em gestão e administração pública?
Cenário 5
No Rio Grande do Sul, Sartori busca uma reeleição para dar continuidade à sua intenção de sanar a crise econômica do Estado. O Rio Grande do Sul está estagnado. Para ter uma ideia, enquanto a média de criação de novas empresas no Brasil foi de 60,2% no período de 2002 a 2016, no Rio Grande do Sul a média chegou a 40,4% conforme apurou o presidente da FCDL, Vitor Koch. Segundo ele, se tivéssemos acompanhado o resto do país, teríamos hoje 445 mil novas empresas funcionando. Teríamos mais empregos, mais renda, capaz de gerar ICMs de aproximadamente R$ 3,8 bilhões. A carga tributária é muito alta, o custo do Rio Grande do Sul é muito alto, diz.
Sartori se tornou governador em 2014 pelo discurso da apresentação das dificuldades, sendo realista.
Porém, diante da falta de investimentos e soluções, salários atrasados no seu mandato, as tendências para o segundo turno são de ele disputar os votos com o jovem Eduardo Leite do PSDB, ex-prefeito de Pelotas, com altos índices de aprovação no seu mandato. Mas sempre é bom lembrar que tudo pode acontecer. Os institutos de pesquisa, mesmo tradicionais têm errado.
Cenário 6
Os candidatos da região e os que têm base eleitoral no Vale do Taquari estão intensificando a corrida. Alguns com mais recursos e estrutura e outros menos. O candidato a deputado estadual, Sidnei Eckert, recebe a partir deste final de semana o apoio do prefeito Klaus Werner Schnack. Klaus estará de férias de 1º de outubro até o dia 10 para reforçar as candidaturas de Sidnei Eckert, Alceu Moreira, Fogaça/Beto Albuquerque e Sartori. A informação foi dada pelas redes sociais.
Cenário 7
O diretório e simpatizantes do PP fizeram um encontro de apoio à candidatura de Mareli Vogel a uma vaga na Assembleia Legislativa, na última terça-feira, no salão da comunidade da Barra do Forqueta, sob a coordenação do presidente Elton Lorscheiter. Líderes do partido também falaram a favor dos seus candidatos a deputado federal, bem como do candidato ao Senado, Luiz Carlos Heinze. Cerca de 300 pessoas estavam presentes no encontro. Na quarta-feira à noite, o PT regional promoveu encontro com lideranças e simpatizantes no salão da comunidade do bairro Medianeira, com a presença do candidato federal à releeição, Elvino Bohn Gass.