Quase no final do segundo mês de mandato do atual governo, pelo que podemos deduzir à distância, pelo que se acompanha nos grandes meios de imprensa e pelas mídias sociais, Jair Bolsonaro está enfrentando as mais diferentes dificuldades, por conta da adaptação de início de governo com pessoas sem muita experiência mas com o compromisso de implantar mudanças conforme prometido em campanha. Bate de frente com um forte jogo de interesses corporativistas, políticos e até de influências familiares. Contudo, nos parece que está havendo governabilidade, tirando o excesso de espaço que alguns grandes meios de comunicação deram a interlocuções internas do presidente com integrantes do próprio governo. Esta semana o passo mais importante foi o encaminhamento do projeto da Reforma da Previdência Social que havia sido tentada nos governos Lula, depois com Dilma Rousseff e também pelo presidente Michel Temer quando assumiu. A expectativa é de que agora, o tema já esteja melhor compreendido pela própria população, o que pode facilitar inclusive a votação pelo Congresso. Nas próximas semanas o assunto deverá centralizar as atenções, para que ainda neste semestre a reforma possa ser concluída e aprovada.
Jovens, crianças e mulheres
Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2011 e 2017 houve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes. Nesse período foram notificados 184.524 casos, dos quais 58.037 contra crianças e 83.038 contra adolescentes. A maioria dos casos de violência contra as crianças e adolescentes ocorre dentro de casa, o que é pior, porque ao invés de os familiares oferecerem proteção, acolhimento e convívio saudável perpetuam uma cultura de violência. Os dados também mostram que são as crianças e adolescentes do sexo feminino as que mais sofrem com a violência.
Pelo estudo, os homens são os principais autores da violência sexual tanto contra crianças, quanto adolescentes, o que significa que o assunto deve ser permanentemente debatido para encontrar soluções de modo que não se perpetue uma cultura do machismo, muito presente no Brasil. Muitas vezes este comportamento masculino também é fruto de um padrão de socialização dos meninos, pela violência, tipo homem não chora, e outras afirmações onde é reforçado o uso da força e imposição.
Assim, como são vítimas de violência, muitos adolescentes ficam vulneráveis e têm sido cooptados para o tráfico e outros crimes. Esta realidade não está apenas presente em cidades maiores. Aqui na região mesmo, cada vez mais assistimos adolescentes sendo vítimas de violência, No último sábado, um jovem de 17 anos foi morto e outro foi sequestrado durante a semana, no bairro Planalto em Lajeado. Os casos ainda estão sendo investigados.
FEMINICÍDIOS – A taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior no mundo, de modo que, a violência contras mulheres se constitui em problema social. Com a criação da Lei Maria da Penha, as notificações são mais frequentes. Em 2018 foram registradas e encaminhadas 92.323 denúncias de violência contra mulheres entre as quais física, psicológica, moral, sexual, doméstica e tentativa de feminicídio.
Família e escola
O conceito, princípio e valor do envolvimento da família, escola e comunidade na educação, no desenvolvimento do indivíduo vem sendo trabalhado em Arroio do Meio há vários anos pelas políticas públicas. Esta semana, quando mais de dois mil alunos retornaram às aulas, estes conceitos foram reforçados e com certeza fazem diferença na construção de pessoas mais livres, mais autônomas, mais felizes, nas suas caminhadas. Entretanto, há permanentes desafios para professores, gestores e pais, porque vivemos num mundo em permanente mudança. Ao mesmo tempo em que a facilidade de conectar-se com o mundo traz benefícios, também torna vulneráveis os que sofrem com a falta de estrutura familiar, em diferentes instâncias.
Acidente com celular
Tem sido cada vez mais frequentes casos de incêndios e até mortes por conta de explosão de celulares. Os relatos mais comuns são sobre deixar o celular carregando, durante a noite ou quando a pessoa sai. Dependendo de onde se encontra o aparelho, perto da cama, de uma cortina, material inflável, ele pode provocar e propagar um incêndio. Da mesma forma não se aconselha ficar falando no celular enquanto ele está carregando. Já foram notificados casos de descarga elétrica com vítimas. Por isto, recomenda-se também que o carregador não fique ligado na tomada depois que tiver sido feita a recarga.