Hoje, sexta-feira, oito de março, celebra-se o “Dia Internacional da Mulher”. A data foi instituída para lembrar ou relembrar fatos históricos, relacionados à discriminação, à violência, dominação, escravidão e o menosprezo a que muitas mulheres continuam sendo submetidas até os dias atuais.
Em se tratando de comemorações do Dia da Mulher, merece destaque a mobilização das Mulheres Trabalhadoras Rurais, sabendo-se que igualmente mulheres de outras profissões fazem eventos para lembrar a passagem da data.
O fato motivador para os encontros das trabalhadoras rurais, é a Organização Sindical da categoria, sobressaindo-se, no Rio Grande do Sul, o apoio da Fetag/RS e os Sindicatos de Trabalhadores Rurais. Pois, hoje, acontecem nada menos de 17 encontros regionais dos STRs, a exemplo da região do Vale do Taquari, que reúne, em Teutônia, um expressivo número de agricultoras, de mais de duas dezenas de municípios, no 21º Encontro Regional, na perspectiva de que, mais do que nunca, é necessária a unidade, a convergência e a solidariedade.
A Federação (Fetag/RS) estima que mais de 60 mil trabalhadoras rurais estejam participando das concentrações, para discutir a importância da família e da agricultura, a violência contra a mulher, a sindicalização da mulher, a falta de renda na agricultura familiar, em consequência de condições climáticas, a previdência social, postulando aí a não inclusão do trabalhador rural nas mudanças que o Governo Federal está propondo para a Previdência Social.
O STR de Arroio do Meio, juntamente com o Movimento das Trabalhadoras Rurais, com a participação dos municípios que têm a extensão da base sindical (Travesseiro e Capitão), mantêm o tradicional Encontro de Oito de Março, promovendo uma celebração nas dependências do CTG. Certamente a pauta desta mobilização é idêntica aos demais encontros, com o foco para as reivindicações de manutenção de direitos adquiridos, especialmente a partir de 1991, quando as agricultoras obtiveram o benefício da aposentadoria, pensão dentre outras conquistas.
As propostas de reforma da Previdência afetam, sobremodo, a trabalhadora rural. É punitiva a elevação da idade mínima, de 55 para 60 anos. Os legisladores precisam analisar bem as condições de trabalho da mulher do meio rural. Os afazeres, trabalho na roça, no lar, jornada diária de trabalho de 12, 14 ou mais horas, fragilizam o seu organismo, a sua força de trabalho e as suas condições de uma vida saudável e digna, esgotam-se muito cedo.
O mínimo, em termos de reconhecimento, que o Governo pode fazer pela trabalhadora rural, é não alterar essa questão de idade, observando-se que tem posições, de autoridades, que querem impor contribuições mínimas, apuradas nas vendas da produção, durante um período não inferior a 20 anos.
ROMARIA DA TERRA
Como anualmente faço, vai um breve registro sobre o marcante evento ocorrido na terça-feira, Dia de Carnaval, que foi a 42ª Romaria da Terra, em Itacurubi, região das Missões. Relatos dão conta da participação de mais de cinco mil romeiros, com reflexões sobre o tema da alimentação saudável e protestos contra a retirada de direitos dos trabalhadores.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE
Na quarta-feira aconteceu o lançamento da Campanha da Fraternidade de 2019, que, sob a coordenação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove debates e reflexões, no período da Quaresma, sobre “Fraternidade e Políticas Públicas”, “considerando ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e outras leis”.