O lutador Eduardo Friedrich, 34 anos, morador de Rui Barbosa, Arroio do Meio, conquistou bons resultados, no último domingo, dia 24 em Porto Alegre, em mais uma etapa da Copa Prime promovida pela Federação Gaúcha de Jiu-Jitsu. No tatame, no meio de outros 800 competidores, foi campeão na categoria Faixa Azul, Master 1 Pesadíssimo e campeão na categoria Absoluto.
Em três etapas da competição o lutador já conquistou três medalhas de ouro na categoria Faixa Azul, Master 1 Pesadíssimo e duas medalhas de ouro pela categoria Absoluto. Ele lidera o ranking estadual em sua categoria, com 45 pontos. Ao todo serão 10 etapas, que devem se estender até novembro. Os campeões gerais de cada categoria terão a oportunidade de disputar o mundial, numa cidade sede a ser definida. Também neste ano, Friedrich, conquistou a medalha de prata no Ecocamp, modalidade nacional da competição.
Com 1,90m e 111kg, Friedrich escolheu as artes marciais, pois não se adaptou a outros esportes, no intuito de manter uma vida saudável. “Jogando futebol quatro vezes por mês estava mais lesionado do que em atividade física. Vale salientar também que em campo, facilmente amigos viram inimigos, pois levam a competitividade mais a sério do que os jogadores profissionais. Na luta, apesar da agressividade dos golpes, tudo é encarado como técnica. Quando se perde se faz uma análise de quais foram os méritos dos adversários. Por isso os treinamentos e estratégias são fundamentais para evolução dentro das competições. Nenhum praticante, inclusive crianças, é prevalecido fora do tatame, muito pelo contrário, todos tentam ajudar a sociedade a ser melhor. A atitude de uma jovem durante o massacre de Suzano, é a prova disso”, dimensiona.
No início da carreira, após sofrer uma fratura no braço, o lutador pensou em desistir do jiu-jitsu, mas o apoio de familiares e colegas foi importante para dar a volta por cima “A arte marcial é maior que pequenas adversidades”, complementa . Ele também destaca o potencial de inclusão e oportunidade de protagonismo na luta em comparação com outros esportes, além das possibilidades de profissionalização da carreira esportiva, muito difíceis até no futebol. “Os treinos, suplementação, logística e custos de inscrição para participar de eventos são elevados, mas quando um lutador vira referência, sua carreira passa a ser viável economicamente. Hoje sou o alvo a ser batido na minha categoria, em nível estadual e isso requer empenho redobrado”, complementa.
Contente com a temporada, Friedrich, que é integrante da academia AT/MR, pretende continuar lutando em alto nível pelo menos nos próximos cinco anos.