A escalada da violência que afeta atualmente todas as regiões do país, e que nos transformam em uma Nação com cerca de 50 mil mortes violentas por ano, exige políticas públicas e investimentos para promover segurança e bem-estar. Os índices de criminalidade que matam cidadãos comuns, entre os quais muitas crianças, adolescentes e jovens, que também são levados a condutas ilícitas como consumo e tráfico de drogas são um retrato do descaso acumulado da falta de investimentos em prevenção, saúde, educação, estrutura familiar. Na quarta-feira uma tragédia envolvendo jovens ocorreu com um ataque a uma escola na Grande São Paulo que deixou pessoas feridas e 10 mortas, incluindo os autores dos ataques, um adolescente de 17 anos e outro de 24, que depois se suicidaram. Que história de vida tiveram estes jovens e em que nível de desespero estavam para atentar contra a vida dos outros e da própria? Se não estavam drogados, que tipo de problemas mentais tinham e como a sociedade pode se defender de quem é capaz de qualquer loucura, sem medo e sem limites?
Na esfera familiar, um retrato da banalização da vida está em debate no longo júri popular que acontece desde segunda-feira na cidade de Três Passos, Rio Grande do Sul, quando pai, madrasta e mais duas pessoas estão no banco dos réus pela morte do menino Bernardo Boldrini, então com 11 anos, em 2014. No caso da morte do menino, fica bem claro no depoimento de testemunhas que ele não recebia atenção familiar. Ariane Schmitt, psicóloga que atendeu Bernardo, algumas vezes, disse que “um filho problema de 9 anos, não é um problema da criança. É um problema familiar”. Ela relatou que o menino portava e administrava por conta própria medicamentos de uso controlado. Diante da pergunta de um dos promotores sobre se o problema que a criança apresentava era carência, ela disse: “Provavelmente. Autoridade com violência.”
O estado de abandono do menino também ficou bastante evidente por conta do depoimento de uma vizinha que acolheu o menino diversas vezes, durante o dia, à noite e finais de semana. A vizinha Juçara Petry, disse que dava banho, cortava as unhas, fazia com ele a lição da escola. “O Bernardo era uma pessoa franzina, meiga e honesta. Tu dava dinheiro para ele comprar um lanche, ele comprava e trazia o troco”.
Polícia on-line
Aqui em Arroio do Meio, o assunto segurança vem ganhando atenção há mais tempo e esteve em pauta numa reunião na terça-feira à noite com presença de autoridades e empresários, principalmente do comércio. Diante do desafio da falta de efetivo e outros investimentos mais substanciais, boa parte de ações para coibir a violência está em ações preventivas, destacou o delegado regional, José Romaci Reis. Ele reforçou que estabelecimentos comerciais e bancários devem investir em câmeras e no caso de agências bancárias no treinamento de seus seguranças para proteger a vida das pessoas. Para ele, a participação da comunidade, denunciando a circulação de pessoas com atitudes suspeitas, sempre ajuda.
Outra novidade anunciada na noite, pelo Comandante da Brigada Militar, Capitão Ricardo Machado da Silva, é a implantação de um aplicativo de Polícia On-line, que deverá facilitar a comunicação entre os que fazem parte da corporação, polícia civil, bem como para chamadas de ocorrências em tempo real para inibir a ação de delinquentes. O aplicativo está em fase de implantação e deverá estar à disposição ainda no mês de abril.
Energia Fotovoltaica
Um dos setores da economia que tem sido visto com capacidade de expansão é o da energia fotovoltaica, obtida através da conversão direta da luz solar em eletricidade. O RS é o segundo estado brasileiro com mais potência instalada no país (15,7%); atrás apenas de Minas Gerais (21,80%); Paraná ( 6,1%) e Santa Catariana ( 5,4%).
Enquanto começam a surgir debates entre empresas empreendedoras e distribuidoras de energia que querem mudanças nas regras, porque se consideram prejudicadas pela legislação, o certo é que há muito mercado, principalmente em espaços que gastam muita energia, como escolas, empresas, prédios públicos…
O setor é um dos que impacta positivamente na economia de Arroio do Meio, sede da empresa pioneira no setor de tecnologia solar fotovoltaica no RS com vendas concretizadas – a Energia Própria. A empresa está instalada na Barra do Forqueta. Méritos aos seus dirigentes empreendedores Isac Kraemer e Guederson Maciel que acreditaram no negócio, apesar das dificuldades iniciais.
Comunidade mais atenta
Nos últimos meses verificou-se em Arroio do Meio a diminuição de crimes principalmente pela atuação articulada da BM e Polícia Civil, com maior conscientização por parte da população que está mais alerta. Uma ação simples, mas que tem contribuído é o grupo Pró-segurança, criado há dois anos e que tem 209 participantes. É um canal onde as pessoas tem se acostumado a trocar informações sobre movimentos suspeitos.
Lei anticrime do governo federal
Apresentado em fevereiro pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, o pacote anticrime ataca três grandes vertentes: corrupção, crime organizado e crimes violentos.
Esperamos que o projeto de lei apresentado pelo governo, receba a devida atenção e que a discussão não descambe para interesses políticos partidários e eleitoreiros. Evidentemente deverá haver debate para melhorar o projeto, mas se queremos um país melhor para o futuro teremos que ter uma legislação adequada aos tempos atuais, analisada e votada com responsabilidade por parte dos parlamentares.