A primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa deste ano está em andamento em todo o Estado, a partir do início deste mês de maio, em atenção ao calendário estabelecido pelo Ministério da Agricultura.
O assunto já foi pauta de comentários anteriores, porém considerando a sua importância para o projeto de se conseguir a condição de área livre da doença, é interessante insistir na divulgação e no alerta de que todos os produtores, que tenham animais bovinos em suas propriedades cumpram, mais uma vez, a obrigatoriedade de aplicar as vacinas.
Certamente os agricultores têm conhecimento da mudança desta atual campanha, em relação à dosagem aplicada em cada animal. Nas vacinações anteriores, as doses eram de 5ml e, desta vez, foram reduzidas para 2ml. Todos podem observar este detalhe, em especial os que forem adquirir o insumo em estabelecimentos credenciados ou profissionais vacinadores, porque esta mudança implica, certamente, em custos menores.
PESTE SUÍNA NA CHINA
A ocorrência de um surto de Peste Suína na China, vem sendo destacada pela imprensa internacional, especialmente nos veículos que tratam de assuntos relacionados ao agronegócio e produção de proteínas animais.
O país asiático é o maior consumidor mundial de carne suína, assim como também tem um dos maiores rebanhos de criações da espécie.
Segundo informações, milhões de animais teriam sido sacrificados, na tentativa de erradicar a doença, de gravíssimas consequências.
A partir do fato, ouve-se a interpretação de analistas, projetando a sua repercussão aqui no Brasil, que se coloca como um mercado exportador e que poderia ser procurado para suprir as necessidades dos chineses.
São colocados em uma balança dois pontos distintos. O primeiro diz respeito à possibilidade de vendermos carne suína àquele país o que, em tese, poderia trazer benefícios para a cadeia nacional, que sempre tem procurado a busca de mercados consumidores pelo mundo afora. Inclusive já ocorreram alguns sinais, envolvendo a procura por gordura suína, ou seja, a banha.
O Brasil teria, hoje, um total de 79 plantas frigoríficas, vistoriadas e aptas para exportar carne suína para a China, depois de passar por severos processos de inspeções, realizados por técnicos e profissionais asiáticos.
E o segundo aspecto é a possibilidade de redução, significativa, de volumes de soja e de milho, anteriormente exportados para a China. Essa ventilada diminuição seria correspondente ou equivalente à dizimação do rebanho suíno que lá ocorreu. Portanto, este fato preocupa na medida em que representa perdas em um negócio que estava consolidado.
Colocado este ponto de vista, é de se fazer a análise sobre os possíveis ganhos e perdas. Creio que daqui para frente estes assuntos terão uma abordagem mais aprofundada pelos respectivos setores envolvidos.
REFORMAS DA PREVIDÊNCIA
A partir desta semana, os debates em relação às Reformas da Previdência tornam-se mais intensos e tudo indica que nos próximos três meses o processo estará sendo concluído.
As mobilizações das categorias, das classes que se sentem ameaçadas, com projeções de perdas, igualmente terão um impulso e passarão a atuar de forma mais objetiva e de pressão direta sobre os congressistas, senadores e deputados, que terão a tarefa de legislar sobre a matéria. A grande pergunta, desafiadora, para a qual se busca uma resposta convincente é a verdade sobre a atual arrecadação da Previdência, deficitária ou não? Entre várias manifestações há um depoimento do ex-governador do Estado e ex-ministro da Previdência, Jair Soares, que tem um entendimento taxativo de que se os recursos da seguridade social não fossem desviados, ela não correria riscos de não poder honrar com a sua missão. E daí?