Já dissemos aqui que estamos vivendo um bom período no País, porque está em andamento um movimento de mudanças. O mais importante destes movimentos, talvez tenha sido o início da Operação Lava Jato, em 2009 com a investigação de crimes de lavagem de dinheiro do deputado federal, José Janene, onde estavam envolvidos os doleiros Alberto Yossef e Carlos Chater. Em 2014, foram tomadas as primeiras medidas em operações que levaram a um grande esquema de corrupção na Petrobras. Entre exageros ou eventuais erros, o certo é que avançamos muito porque através das investigações, delações, condenações ela atingiu e mexeu no Executivo, Legislativo, Judiciário e por extensão empresas atreladas ao Poder Público e instituições das mais diversas. A Lava Jato, por ter se aprofundado nas entranhas das organizações criminosas, principalmente do chamado “colarinho branco” continua representando uma forte ferramenta de mudanças e também de ameaça. Mesmo de forma oculta existe uma forte pressão para desmoralizá-la. Há muitos interesses em jogo.
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Se fala muitas vezes, que o Brasil é o país do “jeitinho” e há poucos dias um político influente local, dizia em uma referência generalizada, que não acredita em mudanças na cultura do toma-lá-dá-cá. Ele fazia alusão até a “ um fazer de conta por parte de alguns nobres representantes com um discurso e prática divergentes”. Pouco esperanço muito menos convicto da possibilidade de transformação em nossa cultura de Estado. Que por sinal, blinda e defende a manutenção do “status quo” de elites que se alimentam de um sistema e por isso o defendem, embora ele esteja falido e a curto e médio prazo, pode atingir cada vez mais o povo brasileiro e inclusive os que são funcionários nas esferas públicas.A corrupção não existe apenas em Brasília, mas também em pequenas e médias cidades, até nas esferas comunitárias mas, nos parece muito importante destacar que no nosso regime presidencialista, que concentra muito poder em Brasília, é fundamental que bons exemplos venham de cima.
Já avançamos muito e podemos avançar mais. Resistências se manifestam toda hora, até quando são votados projetos importantes, como é o caso da Previdência. Esta semana a pauta esteve voltada para a inclusão de Estados e municípios na Reforma, como prevê o projeto original enviado pelo Governo Federal ao Congresso. Governadores da maioria dos estados, inclusive Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, se manifestaram a favor da manutenção dos estados e municípios na reforma, mas há um atrito entre a equipe econômica do governo com parlamentares que não querem arcar com o de desgaste de aprovar mudanças nas regras de aposentadoria de funcionários públicos estaduais e municipais, uma vez que há medidas impopulares. Ainda não se sabe como vai ser o resultado final desta votação. Está nas mãos dos congressistas uma grande responsabilidade.
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Outra pauta que está nos holofotes é o vazamento de mensagens trocadas entre o ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro e o Procurador da República Deltan Dallagnol. Para minimizar eventual desgaste, o ministro da Justiça irá até a Comissão de Constituição e Justiça do Senado na próxima quarta-feira para dar explicações. Quem não deve não teme.
Eleições Municipais estão aí
Muitas articulações em andamento para as eleições municipais do ano que vem. O tempo corre e quem está no governo e busca a reeleição no mandato para prefeito ou vereador, já trabalha diretamente visando as urnas. De uma forma geral, para quem ocupa um cargo eletivo, dependendo do trabalho que está sendo feito fica mais fácil. Incluímos aqui vereadores que, quando ocupam cargos na administração, mantém um canal aberto de forma permanente com o eleitor.
Para os prefeitos nem sempre o caminho é tão simples. Para fazerem uma boa gestão, precisam às vezes, tomar medidas impopulares, como corte de gastos em algumas esferas, para depois investir.
Apoio à comunidade
O prefeito de Marques de Souza, Edmilson Amauri Dörr, esteve nesta semana em visita ao jornal para divulgar a tradicional Festa da Bergamota, que chega à sua 44ª edição. Um feito. Uma localidade pequena com pouco mais de 300 famílias que se agiganta na tradição e traz de volta neste evento, filhos da terra que foram ao longo dos anos se espalhando e construindo suas vidas fora do município. Deverão ser servidos em torno de 2 mil almoços. O prefeito destacou a recuperação da autoestima do povo da localidade. Ao avaliar a sua gestão se manifestou empolgado com as várias frentes em que está trabalhando e do quanto é possível fazer o que o motiva a ser candidato à reeleição.