Deve repercutir por um bom tempo o acordo comercial fechado na semana passada entre o Mercosul e União Europeia. Bastante comemorado porque estava em negociação há cerca de 20 anos, o presidente da República, Jair Bolsonaro deu o crédito à sua equipe – escolhida por critérios técnicos e não meramente político, disse.
De um modo geral o acordo foi bem recebido pelo mercado, considerando que a política econômica e de relações internacionais do Brasil estava muito fechada, com falta de perspectivas de médio e longo prazo. Daqui para frente, terão que ser acertados mais detalhes e os parlamentos dos países envolvidos, terão que aprovar as regras do acordo. Como há interesses em jogo e nem todos vão ganhar, manifestações e descontentamentos já estão em curso, como é o caso dos agricultores franceses que defendem seu mercado. Há perdas principalmente para os setores que recebem subsídios. Para o Brasil, o agronegócio deve ser um dos mais favorecidos, pela sua competividade. Especificamente no Rio Grande do Sul, a indústria moveleira avalia como positiva a possibilidade de alavancar negócios com exportações para a comunidade europeia.
Outros setores poderão perder como é caso do setor vinícola. Países do Mercosul e Europa poderão desembarcar seus produtos aqui a preços mais interessantes para o consumo.
Os movimentos do governo brasileiro em acelerar e ampliar boas relações comerciais com o Mercosul/UE além da proximidade com os Estados Unidos e mesmo a China que reiterou recentemente seu interesse em aumentar o fluxo de intercâmbio comercial com o Brasil trazem perspectivas positivas na medida em que a indústria também tem que qualificar suas plantas industriais para ser competitiva. No cenário interno com o aumento da demanda de produtos e serviços, a consequência será a geração de mais empregos. Entre os permanentes desafios do País está a falta de boa vontade política de uma parcela de ocupantes de cargos públicos que criam dificuldades para quem quer trabalhar ora por interesses corporativos, pessoais ou falta de entendimento do que é essencial. Exemplo desta dificuldade criada por alguns deputados está na morosidade da votação de alguns projetos, como é o caso da Reforma da Previdência. Uma legislação mais simples, transparente, justa e que traga segurança jurídica também passa pelo nosso Congresso.
Diante da possibilidade de abrir novos mercados, cabe destacar que os setores que mesmo na recessão continuaram investindo e fizeram ajustes necessários, poderão ter seus ganhos logo ali na frente. Nos parece, que é o caso das nossas indústrias, que podem ter ganhos com a exportação.
Schweinebraten e Rota Germânica
O ex-prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert, atual secretário da Indústria, Comércio e Turismo de Teutônia, convida para reservar o dia 28 de julho, domingo, ao meio-dia para almoçar no Restaurante Matinho ( Teutônia) que comemora 35 anos, quando será servido “ o schweinebraten” prato que valoriza a cultura germânica.
Debates acalorados
O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo) que fez votação expressiva em Arroio do Meio nas eleições do ano passado (616 votos) está protagonizando debates calorosos em defesa do governo. Na terça-feira, quando Sérgio Moro, Ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, foi questionado na CCJC da Câmara dos Deputados sobre diálogos divulgados pelo site The Intercept Brasil e, posteriormente, pelo jornal Folha de São Paulo, que segundo a acusação seriam prova da parcialidade na condução da Lava Jato, foi enfático no seu discurso de defesa. “A energia que tanta gente aqui dentro está disposta a investir para defender bandido, criminoso, corrupto, envergonha esse parlamento. “
A deputada gaúcha Maria do Rosário do PT foi uma das que mais criticou o Ministro Sérgio Moro dizendo que junto com o MP envenenou o processo contra o ex-presidente Lula. Nos questionamentos Moro voltou a defender sua imparcialidade e sobre os diálogos vazados disse duvidar da autenticidade e que os que ocorreram não denotam parcialidade. Quando criticado pela postura no julgamento do ex-presidente Lula, em dado momento, ironizou: quero saber quem vai defender “inocentes” como Sérgio Cabral e Eduardo Cunha.