Com cerca de 2 mil funcionários, a Calçados Bottero, com matriz em Parobé, e unidades em Travesseiro e Arroio do Meio, está desde o início da pandemia usando como principal estratégia, seguir as recomendações exigidas pelas autoridades sanitárias em todas as suas unidades e manter as vagas de trabalho, mas atenta ao comportamento e variações do mercado em decorrência da covid-19. Segundo Luiz André Simon, a empresa fez um planejamento rigoroso, desde que começaram as primeiras notícias do vírus, para não quebrar a cadeia produtiva. Focou na produção e entrega dos pedidos em carteira. Paralelamente encaminhou o afastamento de pessoas em idade ou situações de risco, encaminhou férias e internamente segue um protocolo rigoroso de higiene e limpeza, distanciamento social, para garantir a saúde e segurança dos seus funcionários.
Atualmente uma das preocupações é com novos pedidos, que dependem muito da situação das lojas de calçados em vários estados e cidades do Brasil. Um dos principais mercados da empresa é São Paulo, onde muitas lojas ainda estão fechadas, o que pode prejudicar e comprometer o encaminhamento de novos pedidos, por isto Simon diz que a gestão da crise ainda tem que ser diária.
Unidades de Travesseiro e Arroio do Meio – A Calçados Bottero tem em torno de 330 funcionários nas unidades de Arroio do Meio e Travesseiro. Os funcionários que estão na unidade de São Caetano, em torno de 150, deverão ter suas vagas de trabalho suspensas por 30 dias no final deste mês, através do contrato que segue a MP 936 (publicada em 1º de abril e pela qual o governo paga 70% do valor do salário e 30% é pago pela empresa no caso de grandes empresas e 100% de pequenas e médias companhias). Segundo o diretor industrial Luiz Simon, trata-se de uma medida que prevê a manutenção das vagas, para que, assim que o mercado reaja, possa haver um retorno imediato na produção.