O empresário André Schmidt, da CGA Calçados, acredita que desde que começou a trabalhar no ramo, em 1981, esta é a crise mais delicada, porque atinge todos os setores mundiais e quem está vivendo o momento presente não passou por uma pandemia que afeta tanto a saúde como a economia. “ O calçado já vinha enfrentando, há dois anos, dificuldades e com a proliferação da covid-19 elas se agravaram, obrigando muitas empresa tradicionais a fechar as portas. É uma crise que nos obriga a uma reorganização interna. É fundamental manter relacionamento com os clientes para que, assim que houver uma retomada, os pedidos possam ser atendidos. Aqui na CGA vínhamos com uma situação bem confortável nos primeiros meses do ano, mas quando a pandemia começou, tivemos pedidos cancelados.”
Para minimizar a situação, a CGA, que tem 118 colaboradores, optou pela suspensão temporária dos contratos de trabalho, para a maioria destes funcionários, desde o dia 1º de maio. “ Inicialmente a suspensão é por 60 dias, mas se houver uma retomada de pedidos, poderemos voltar antes.” Para o empresário, a retomada só será viável quando os principais mercados de consumo do país, que estão concentrados na Região Sudeste voltarem ao normal. Infelizmente, assistimos uma politização da pandemia.” Os governadores do Rio de Janeiro e São Paulo almejam ser candidatos a presidente da República e com esse interesse a situação se agrava.”
Apesar do cenário, André Schmidt se considera um otimista. “Temos que ser fortes, enfrentar a situação. A retomada será gradativa e quem aguentar a sangria vai se manter no mercado.”