Em entrevista ao Jornal O Alto Taquari nesta semana, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Arroio do Meio (Acisam), Adailton Cezar Cé, destacou o papel da indústria arroio-meense responsável por mais de 60% da arrecadação local.
Em uma breve avaliação sobre o atual cenário da pandemia, Cé acredita que a organização do empresariado local foi fundamental para vencer e encarar os desafios impostos pela pandemia e em uma reação lenta, gradual e progressiva de todos os setores.
Cé também pede união entre os poderes. Na opinião dele, é necessário que o Congresso Nacional e o Governo Federal entrem em consenso e façam as reformas necessárias sem desprezar estados e município para que todas as atividades sejam retomadas com sucesso, trazendo benefícios sociais.
Recentemente Cé esteve representando a Acisam em uma palestra com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Edson Brum e superintendentes do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE). Ele adianta que pretende agendar um encontro entre os participantes na sede da Acisam em Arroio do Meio com integrantes da associação e demais interessados para que todos os programas de liberação de crédito sejam apresentados, pois acredita que a injeção financeira do estado no mercado irá retomar o crescimento econômico. “É fundamental que as linhas de crédito sejam disponibilizadas para a indústria rapidamente e sem burocracia”, entende.
JORNAL O ALTO TAQUARI – Como o senhor, presidente da Acisam, vê o atual momento da indústria de Arroio do Meio e o que podemos projetar para os próximos anos?
ADAILTON CEZAR CÉ – A indústria de Arroio do Meio representa o principal alicerce do setor produtivo local. De duas décadas para cá, a indústria participou com mais de 66% da arrecadação municipal de tributos. Mesmo com tantas adversidades e a recente pandemia, as quais dificultaram imensamente a atividade industrial, provocando prejuízos, acredita-se em uma “reação lenta, gradual e progressiva”, quando vencermos definitivamente a pandemia. É fundamental que o Congresso Nacional e o Governo Federal encontrem o consenso para uma reforma tributária justa, sem desprezar os estados-membros e municípios, essencial para a retomada do crescimento econômico no Rio Grande do Sul, trazendo também benefícios sociais.
AT – Quais os pontos fortes da indústria de Arroio do Meio e em que podemos melhorar?
ADAILTON – Primeiramente, a capacidade de nosso empresariado de se organizar e vencer desafios, é algo muito peculiar da cultura local. É importante que a nossa indústria busque o seu constante aperfeiçoamento e modernização, somados a mais produtividade, gerando empregos e colaborando consequentemente com o comércio e serviços de Arroio do Meio.
AT – O Governo do Estado anunciou recentemente o projeto de retomada econômica. Alguns projetos já passaram pela Assembleia Legislativa autorizando o BRDE a captar mais recursos para empresas. Na sua opinião, estas linhas de crédito serão capazes de diminuir os impactos deixados pela pandemia na economia gaúcha?
ADAILTON – Na realidade, as pequenas e médias empresas foram as mais afetadas pelos impactos econômicos e sociais decorrentes da pandemia. O Governo Estadual está se esforçando para a retomada do crescimento econômico, apontando o BRDE para a destinação de recursos às empresas. Recentemente, fomos convidados (Acisam) para uma palestra em Encantado com o secretário estadual Edson Brum, juntamente com os superintendentes do BRDE e do Badesul. Pretendemos agendar para Arroio do Meio, na sede da Acisam, um encontro nesse mesmo sentido, convido nossos associados e demais interessados a participarem. Acredito que somente com uma injeção financeira do Estado no mercado será retomado o crescimento econômico, mas é fundamental que as linhas de crédito sejam disponibilizadas para a indústria, comércio e serviços sem burocracia e rapidamente, pois o “prazo urge”.