Colocada para votação em plenário pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) a proposta de emenda à Constituição, recebeu 229 votos favoráveis, que não alcançaram os 308 votos necessários para a aprovação. A votação foi na terça-feira depois de amplo debate. Votaram contra a PEC 135/2019, 218 deputados. Com a derrota, o voto impresso auditável, fica por ora, engavetado ou suspenso.
Os deputados gaúchos que votaram pelo voto impresso auditável
Votaram sim
Alceu Moreira (MDB)
Bibo Nunes (PSL)
Carlos Gomes ( Republicanos)
Daniel Trzeciak (PSDB)
Giovane Cherini (PL)
Giovane Feltes (MDB)
Heitor Shuch (PSB)
Jerônimo Goergen (PP)
Liziane Bayer (PSB)
Lucas Redecker (PSDB)
Marcel van Hatten (Novo)
Marcelo Brum (PSL)
Marcelo Moraes ( PTB)
Márcio Biolchi (MDB)
Marlon Santos (PDT)
Maurício Dziedrick (PTB)
Osmar Terra (MDB)
Paulo Vicente Caleffi ( PSD)
Pompeu de Mattos (PDT)
Sanderson (PSL)
Votaram não
Affonso Motta (PDT)
Bohn Gass (PT)
Fernanda Melchiona (Psol)
Henrique Fontana ( PT)
Marcon (PT)
Nereu Crispin (PSL)
Paulo Pimenta (PT)
Não votaram
Afonso Hamm (PP)
Covatti Filho ( PP)
Maria do Rosário (PT)
Pedro Westphalen (PP)
Derrota do presidente ou do povo?
Vi manchetes nos noticiários atribuindo a derrubada da PEC que propunha maior transparência e segurança para a votação na urna eletrônica como uma derrota para o Bolsonaro simplificando o assunto em ser a favor ou contra sem uma análise mais aprofundada. Sabemos que a pauta não é recente. O presidente trouxe o tema à tona porque o aprimoramento do sistema eleitoral favorece a democracia e confiança do povo nas urnas eletrônicas. Não vejo mal algum no Chefe do Executivo defender mudanças. Estranho é quando integrantes do Tribunal Superior Eleitoral alegam a absoluta segurança, e em contrapartida, técnicos, especialistas em tecnologia de informação e peritos criminais que se manifestaram nas últimas semanas declararam que o sistema é sim, passível de violação.
Ainda em relação ao assunto: claro que a apuração de votos pelo atual sistema é muito interessante pela agilidade e facilidade de obter os resultados em tempo muito pequeno. Mudar o sistema teria um custo muito elevado argumentam alguns. Mas podemos também dizer que o TSE tem recursos para tal. Ou não tem? Matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo em julho indica que a Justiça Eleitoral custou ao país em 2020, R$ 9,8 bilhões, sendo que 64% deste valor foi para salários e encargos.
Ainda em termos de custos, convém lembrar que os partidos poderão ter à disposição R$ 5,7 bilhões para as eleições do ano que vem, conforme aprovado pelo Congresso. Falta ser sancionado pelo presidente da República, mas que poderá ter veto. Parte do valor poderia ser investido no aperfeiçoamento.
Banrisul
“O nosso governo não vai encaminhar a privatização do Banrisul, embora seja um tema que mereça ser discutido pela sociedade”, disse o governador Eduardo Leite em entrevista à Radio Guaíba, esta semana.
Mas continuam as negociações em torno da venda da Corsan, presente em 317 municípios do Estado, que deverá ser votada pela Assembleia em breve. A venda tem gerado protestos.
Fraudes e tentativa de golpe
Segundo levantamento da Febraban – Federação Brasileira de Bancos, os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram aumento de 340% apenas no primeiro bimestre deste ano. A fraude mais comum é a registrada em emissão de SMS, com notificação de que as credenciais bancárias foram clonadas, cartão bloqueado, ou realização de compras indevidas. Ao receber notificação o usuário é direcionado a um site fraudulento, montado apenas para captar dados de login e senha de sistema. Outra fraude é a clonagem de WatsApp. No primeiro semestre foram mais de 1,1 milhão de clonagens no Brasil.
Segundo matéria publicada pela Gazeta do Povo do Paraná, no primeiro semestre de 2021, o Brasil contabilizou uma tentativa de golpe financeiro a cada seis segundos, totalizando 2,3 milhões. Marco Aurélio deMello, CEO da PSafe, alerta que o uso da inteligência artificial por criminosos cibernéticos torna a internet mais perigosa a cada ano. “Hoje costumamos dizer que os hackers, já não invadem mais os sistemas, eles apenas fazem o login. De posse das credenciais de acesso, normalmente informações e senhas vazadas, o criminoso encontra as portas abertas para suas ações. “A pandemia acelerou o processo de digitalização no Brasil e no mundo, mas também abriu mais oportunidades para criminosos e deixou empresas e pessoas mais expostas, com mega vazamentos.