Governo estadual venceu na votação do projeto de privatização da Corsan. Esta semana, apesar da resistência vinda de parte de muitos prefeitos e da própria Famurs, a Assembleia Legislativa aprovou por 33 votos a favor e 19 contrários a venda da estatal para a iniciativa privada, processo que deverá ocorrer em várias fases. O prefeito Danilo Bruxel disse que participou de várias reuniões recentes com a Famurs e na Amvat, sendo que os prefeitos manifestaram sua preocupação em torno da possível privatização e, por isto, queriam mais tempo para avaliar em que termos seria feita. “Nós não sabemos quem vai ser a empresa que vai assumir, qual será o preço da água e a qualidade. Sabemos que a partir de 2033 a nova empresa além de levar água potável para os usuários terá que fazer alto investimento para o tratamento de esgoto. Há muitas dúvidas em que termos serão feitos estes contratos futuros. Como ficam as nossas sociedades de água? Aqui em Arroio do Meio as sociedades de água fazem um trabalho exemplar. Administram bem com preços muito menores que os da própria Corsan” disse. Para o prefeito, a votação apressada do projeto não levou em conta a manifestação dos prefeitos que representam centenas de usuários.
O que contribuiu para a aprovação na Assembleia foi uma emenda ao texto original que prevê a destinação de 5% dos recursos obtidos com a privatização para serem investidos em obras de infraestrutura urbana nos municípios, onde a Corsan presta serviços.
Criada em 1965, a Corsan atende 6 milhões de pessoas em 307 municípios. Embora tenha dado lucro nos últimos anos, entre 2016 a 2020 gastou R$ 1 bilhão em ações trabalhistas, um valor muito alto que interfere na competitividade da estatal.
Liberdade de Expressão
O Brasil e o mundo estão vivendo um período de grave ameaça à liberdade de expressão. O processo vem avançando nos últimos anos e durante a pandemia se agravou. De inúmeras e múltiplas formas, sob a proteção de setores da Justiça, de grupos oligárquicos ligados a empresas diversas, entre elas de comunicação, grandes laboratórios farmacêuticos, políticos…
Aqui no Brasil, no campo político, a restrição à liberdade de expressão e manifestações se acentuou a partir da eleição de Jair Bolsonaro, com perfil conservador e de direita. Até então, prevalecia o discurso, a narrativa da militância extremamente bem organizada dos partidos de esquerda, que durante o período em que esteve no poder instrumentalizou instituições.
Um dos processos que contribui para uma visão mais crítica sobre a política e as relações de poder foi o longo processo da Lava -Jato, que durou seis anos, 10 meses e 17 dias. Revelou grandes esquemas de corrupção, com centenas de presos e condenados, envolvendo empresários, políticos, ex-governadores de expressão, incluindo o atual pré-candidato a presidente, Luís Inácio Lula da Silva, que depois de 580 dias preso foi solto por decisão do STF que a partir de nova jurisprudência, proibiu a prisão em julgamento na 2ª instância. Estes processos podem perder validade por decorrência de tempo e receberam novos julgamentos com advogados sendo muito bem pagos. Depois da sensação de avanços que de fato ocorreram, estamos novamente na corda bamba. E a melhor forma de “calar o povo” é pela restrição de liberdade nas suas diferentes formas.
Com as restrições de livre manifestação de opinião de ideias, o debate político empobrece, fica medíocre, limitado, onde falam apenas os que querem se manter no poder.
O novo Código Eleitoral em votação apressada é mais um engodo, uma afronta à democracia e expectativas da sociedade. Entre as mudanças do novo Código, a inelegibilidade de cinco anos para juízes, membros do Ministério Público, policiais militares. Analistas estão dizendo que há muitas brechas neste novo código, que apontam para mais irregularidades e menos transparência para as contas eleitorais, principalmente os que gastam o dinheiro de forma escusa.
Sete de Setembro
A expectativa é de grandes manifestações populares em diferentes cidades do País neste Sete de Setembro. Prós e contras. Boa parte da mídia vai tratar os eventos de forma diferente. Pelo que se tem visto no histórico de manifestações promovidas pela esquerda e direita nos últimos anos, os que defendem as cores da bandeira do Brasil serão muito maiores e serão consideradas “antidemocráticas.” Foi o que ocorreu na do dia 1º de maio. Para os da esquerda, mesmo que partam para a depredação, haverá mais tolerância.
Na região, segundo organizadores, também haverá carreata neste dia 7. De Arroio do Meio, além de inaugurar um painel em homenagem ao presidente, neste sábado, haverá uma caravana se preparando para a passeata do dia 7 em Lajeado. Pequeno grupo de Arroio do Meio também irá a São Paulo para sentir a força dos brasileiros na Paulista.
Com grandes concentrações de público, esperamos que as manifestações do Dia 07 de Setembro sejam pacíficas e que não haja infiltrados ou manifestações de radicais que torcem pelo pior. Dos dois lados. Tomara que a voz do povo nas ruas de forma pacífica sinalizando sua fé e esperança num Brasil cada vez maior e melhor, sensibilize os que tem o poder na mão. Afinal não é tempo de atrapalhar. E sim somar e trabalhar muito para enfrentar todos os problemas que o Brasil já vinha enfrentando e, agora, com a pandemia, se tornaram ainda maiores nos diferentes campos da sociedade, não só no Brasil como no Planeta. Esta pandemia além de ceifar tantas vidas trará impactos econômicos, na saúde, educação, cultura… Devemos enfrentar com coragem, luta e boa vontade os desafios para superar tantas dificuldades.