Depois de algum tempo longe da terrinha, sexta-feira retornei a Arroio do Meio. Na verdade, minha ausência deveu-se ao medo de enfrentar o calor insano que assola não apenas o município, mas todo o Rio Grande do Sul nos últimos meses. Além do calorão, chamou minha atenção a intensidade do trânsito no perímetro urbano e rodoviário.
A caótica situação da ERS-130, trecho entre Lajeado e Arroio do Meio, remonta de longa data. A simples recapagem de parte do trecho não constitui solução diante do trânsito intenso que já não se restringe aos chamados “horários de pico”, ou seja, logo cedo da manhã e no final do dia.
Trafegar a 60 km por hora por torturantes nove quilômetros entre as duas cidades já é incompreensível. O piso foi restaurado, o acostamento não tem desníveis e existe apenas uma curva, logo após a ponte do rio Forqueta. Aumentar a velocidade máxima para 80 km/h seria tão perigoso?
Depois de superar o trecho, o motorista depara com o trevo de acesso a nossa cidade. O local já foi mais perigoso, como na época de inúmeras indústrias e ateliês calçadistas nos bairros Bela Vista e Rui Barbosa. Mas é inadmissível perder-se tanto tempo para sair de Arroio do Meio, atravessar a rótula, contornar os canteiros e finalmente acessar a rodovia rumo a Lajeado.
Melhorias rodoviárias são fundamentais para
incrementar o turismo no Vale do Taquari
O secretário de Logística e Transportes do Estado, o também deputado estadual Juvir Costela, ocupa o cargo desde o primeiro mandato de Eduardo Leite. Além de profundo conhecedor da realidade rodoviária do Rio Grande do Sul, ele é natural de Guaporé. Por isso, tem noção das agruras enfrentadas pelos motoristas que residem em Arroio do Meio, Encantado e adjacências que precisam deslocar-se a Lajeado todos os dias.
Sem representatividade na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, o Vale do Taquari é órfão de quem brigue por soluções básicas, como a construção de um complexo de elevadas na entrada de nossa cidade. Diversas entidades de classe brigam por melhorias para a região, mas é preciso aumentar o tom das reivindicações.
Somos uma locomotiva econômica importante dentro do RS. Nossos mais de 30 municípios geram milhares de empregos, milhões em tributos que devem ser considerados. Esperar de forma conformada não surte resultados. Às vezes é preciso gritar mais alto para ser ouvido. Melhorias rodoviárias, por exemplo, são fundamentais para incrementar o turismo no Vale do Taquari, o mais reluzente segmento que se tornou vocação da nossa gente.