Um leitor de jornal que preferiu não se identificar sugeriu que se instalasse uma sinaleira na ponte de ferro para ordenar o trânsito que aumentou o fluxo de veículos, em função das obras na ERS-130 que pela sua morosidade estão estressando muitos usuários. O trânsito pela ponte de ferro como muitos devem ter observado também aumentou pela facilidade de acesso a alguns pontos de Lajeado como a Univates ou para quem se dirige diariamente a Lajeado para trabalhar. Há algumas semanas virou manchete a proposta de construir uma nova ponte, mas é um projeto de longo prazo, como vem ocorrendo com outras obras públicas que dependem de recursos do Estado ou União. Por isto o leitor entende que não é necessário protelar soluções mais econômicas, pelo menos de curto prazo, uma vez que a passagem pela ponte sem ordenamento oferece perigo e cria até confusão. A sugestão do leitor é que além da sinaleira se alongasse um muro de entrada e a permanente manutenção estrutural da ponte, mesmo que não haja trânsito de veículos pesados. À noite, apenas temporizador de luz de alerta. Segundo o leitor em várias cidades com pontes semelhantes foi implantado o equipamento. Com um orçamento anual de R$ 28,1 milhões, uma população de 2.888 habitantes e 74,6 quilômetros quadrados, Capitão junto com Travesseiro que tem em 23, um orçamento de R$ 23 milhões e uma população de 2.314 habitantes que vivem em uma área de 81,1 quilômetros quadrados chegam aos 31 anos de emancipação político administrativa. Pela data, estão desenvolvendo comemorações especiais que culminam neste domingo em ambos os municípios.
Na segunda-feira será feriado municipal em Travesseiro e Capitão. Nas três décadas de emancipação, nos municípios em questão, a qualidade de vida das pessoas melhorou. Iniciativas que partiram do poder público de cada um destes municípios com o apoio de todas as forças representativas das comunidades foram fundamentais. Gestores públicos, políticos, agricultores, comerciantes, professores, empresários, empreendedores, religiosos,… se envolveram em diversas ações para trazer progresso e desenvolvimento. Para alcançar o patamar de crescimento nestes municípios as administrações públicas, tiveram um papel decisivo ao atender os anseios da comunidade. Tanto se fala em democracia. Ela acontece assim. Quando o poder público não está em consonância com a comunidade, não há democracia. Em determinados momentos houve desafios de toda a ordem, inclusive no campo da polaridade política, mas o compromisso com a responsabilidade social, fiscal, o espirito público dos líderes com a população tem que ser maior e é um exercício permanente.
Ao longo destas três décadas de emancipação as demandas dos municípios aumentaram, em termos de educação, saúde, cultura, agricultura o que tem exigido de seus agentes e gestores cada vez maior preparo técnico, responsabilidade fiscal para uma boa administração dos recursos disponíveis garantindo equilíbrio entre receitas e despesas. Nesta contabilidade, manter as administrações enxutas é primordial, antevendo compromissos futuros, para não comprometer as que virão. Os atuais gestores têm que administrar para a sua população, mas precisam ao mesmo tempo estar atentos ao que ocorre no mundo, no país e no estado em termos de economia e política. Manter a sua identidade e vocação local, sem repetir modelos desgastados, falidos e de subserviência ao sistema. Em muitos municípios, obras e investimentos públicos que dependem de recursos do Estado e União que arrecadam a maior fatia de impostos, infelizmente não correspondem às expectativas. Em torno de 60% dos impostos ficam para a União, 28 % para os estados e para os municípios 5,5%. As ligações asfálticas são um exemplo claro do descaso que o Estado teve durante anos. Na distribuição de recursos provenientes de impostos pagos pelos munícipes, nem sempre o retorno é de acordo com o percentual contribuído. A União acaba repassando valores maiores para os estados e municípios mais pobres se comparado à produção dos mais desenvolvidos, terreno que também favorece a conveniente dependência para alimentar o sistema que se sustenta na concentração de poder político e econômico.
A todos os empreendedores e profissionais que apoiaram os cadernos encartados nesta edição e aos moradores de Capitão e Travesseiro, nascidos ou que escolheram morar nestes dois municípios ou que estão longe, mas mantém em sua nova morada lembranças afetivas da terra natal, nosso abraço e que tenham força, fé, coragem e inspiração para seguir seus caminhos.