A propósito do Dia Internacional da Mulher, um movimento importante que está ocorrendo é de um grupo de mulheres de Arroio do Meio, associadas da Associação Comercial e Industrial, que seguem um protocolo da Federasul, mas priorizam linhas de ação de acordo com a realidade local. Entre as líderes do Núcleo estão duas Ju. A Juliana Gasparotto e a Juliana Vasconcellos. Dentro do empreendedorismo, como um conceito em construção a partir da identidade feminina elas apostam em agregar novos jeitos de ser e fazer. Nesta perspectiva, elas estão procurando o próprio empoderamento através do pessoal, familiar e profissional. A partir deste conhecimento, pretendem aplicar e desenvolver com mais eficiência as habilidades necessárias para liderar empresas e negócios, sem abrir mão da felicidade pessoal. Que tenham muito sucesso neste propósito, assim como as trabalhadoras rurais vem há décadas sendo protagonistas na liderança feminina.
Partido dos Trabalhadores, protagonismo ou alianças?
O PT de Arroio do Meio reuniu filiados no último domingo na Câmara de Vereadores de Arroio do Meio quando lembraram dos 43 anos de fundação do partido no país, enaltecendo o presidente Lula e fizeram um retrospecto do partido desde 1981/1982 quando foi fundado no município. A única vez que o partido concorreu com chapa própria foi em 1982, nas eleições municipais. Naquele ano, os partidos constituídos, concorreram respectivamente sem coligações, autonomia que é bom lembrar, não se repetiu porque nas eleições seguintes sempre houve coligações, muito mais para conquistar o poder. Arnesto Dalpian, (PMDB), Benito Johann, (PDS), Ademar Wallerius (PDT) e Adriano Schneider ( PT), concorreram nesta eleição independente.
HOMENAGEM – Adriano que foi o único candidato a prefeito do partido na história política de mais de 40 anos, foi homenageado no último domingo junto com outros companheiros de resistência. Em 1982, no somatório geral dos 9.853 votos válidos, 52,78% foram para o então candidato Dalpian do MDB; 42,25% para o candidato do PP, 3,90% para o candidato do PDT e 1,07% para o do PT. No decorrer dos anos, o PT coligado com o MDB teve participações importantes nas administrações, sendo vice nas chapas de Paulo Steiner, com Ruy Bersch; Áurio Scherer (agora no PDT) como vice de Sidnei Eckert e Eluise Hammes, como vice de Klaus Werrner Schnack. Também teve representatividade com vereadores eleitos. A força de expressão e organização política mais significativa nestes 42 anos junto à população se deu através do Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, com seus movimentos sociais e magistério. Nas recentes eleições para presidente da República, Bolsonaro somou no segundo turno 67,93% e Lula 32,07%.
Durante o encontro dos líderes do PT ficou clara a disposição de buscar a reorganização e crescimento do partido, a partir da vitória de Lula, bem como encontrar nomes dispostos a concorrer tanto como uma chapa única e se isto for difícil se aliar a outros partidos, como tem feito nos últimos anos.
Nas eleições municipais de 2020, os seis candidatos a vereador e mais a legenda somaram 643 votos, um percentual de 4,63 % dos votos válidos. O mais votado foi o sindicalista Paulo Grassi, com 245 votos.
Manifestantes ou terroristas?
Enquanto Globo, Folha de São Paulo, Estadão e outros veículos de imprensa sempre trataram os acontecimentos do dia 8 de janeiro a tentativa de golpe e centenas de envolvidos como terroristas, houve uma parte da mídia que teve mais cautela, pela complexidade dos atos, entendendo que não dava para taxar todos de terroristas e avaliando que grande parte do movimento que saiu do controle era de manifestantes insatisfeitos com decisões que são tomadas em Brasília e que não levam em conta a vontade popular, o que historicamente os partidos de esquerda sempre fizeram.
O vereador Sérgio Knipoff (PT) que esteve presente no encontro de PT do último domingo, chamou atenção para a questão e disse que a mídia no Vale do Taquari é mais conservadora e que tratou os envolvidos como manifestantes e não como terroristas e golpistas ( como deveria ) mas lembrando que na região, Bolsonaro teve mais votos, sugerindo que os companheiros se aproximassem mais dos que votaram no ex-presidente. Knipoff também alertou que possivelmente o governo de coalização liderado por Lula para vencer Bolsonaro, não atenda às expectativas dos militantes petistas.
CPI ou CPMI – Enquanto centenas de pessoas continuam presas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro cresce o clamor pela CPI, para que se investigue os responsáveis tanto pela omissão na segurança dos prédios e os responsáveis pela invasão e atos de vandalismo. No Senado e na Câmara já tem número suficiente de parlamentares pedindo a instalação que está nas mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que por enquanto não deu andamento, o que deverá ocorrer depois que o Ministro Gilmar Mendes exigiu explicações dentro de um prazo de 10 dias. Nos bastidores, a maior resistência para que haja a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito vem do Governo Lula. Pacheco é um aliado de primeira linha do presidente. O que é estranho. O pedido de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito foi protocolado pela Oposição com assinatura de 33 senadores e 189 deputados. Ela poderá esclarecer os fatos e fazer justiça dentro dos parâmetros da lei. Éo que se espera, mas ultimamente…