A população idosa está aumentando. Segundo dados do IBGE em uma década, enquanto a população geral cresceu 7,6%, o número de idosos subiu 41,6%. Entre 215 milhões de habitantes no País, 31,5 milhões são idosos e a projeção é que em 35 anos triplique e chegue a 25,5% da população.
Este cenário amplia a necessidade de serviços de saúde pública considerando que a faixa etária com mais de 65 anos precisa de atendimentos especializados.
Segundo pesquisas do IBGE, mais de 70% da população brasileira depende do SUS, que se tornou com o passar dos anos o principal serviço de saúde pública no país.
Vale destacar que entre a lista de gastos estão os remédios que consomem grande parte da renda da população que ganha menos, ou seja está na faixa de renda C e D, recebendo em torno de R$ 2,9 mil reais.
Especialistas ligados à área da saúde alertam que o Brasil não está preparado para atender as necessidades da população acima de 65 anos nas próximas décadas.
O problema sabe-se que não é só do Brasil e boa parte da fragilidade da saúde pública mundial ficou exposta na mobilização mundial em torno da Covid-19. Na sua origem, a doença ainda guarda muitos mistérios que depois de transmitida, revelou falta de preparo de estruturas hospitalares, equipamentos , serviços médicos e farmacêuticos; falta de transparência por parte dos governos, OMS, censura a qualquer questionamento até de médicos, difusão midiática, posicionamentos de grandes laboratórios.
Aí vai um questionamento aleatório: quando estão numa fila de espera, para atendimento em uma UTI por exemplo, uma pessoa mais jovem, uma criança ou idoso, como é feita a escolha do atendimento?
Nesta pandemia que tirou a vida de milhares de pessoas, que ainda sofre muitas consequências com novas doenças e mortes, é preciso lembrar que pouco se fala de tantas outras que sempre existiram e que afetam a população, como o câncer, que também atinge a população com mais idade. Quem fala sobre isto?
Envelhecimento na região – Matéria publicada pelo jornal O Alto Taquari em novembro último confirma que boa parte dos dados nacionais, se repetem na área de abrangência do Corede Vale do Taquari entre 2011 e 2021. Em 2011, havia na faixa etária de 80 anos ou mais 7.640 pessoas. Em 2021, 12.881, com uma elevação de 68,60%. Na divisão de faixas etárias de 60 anos para cima em todas teve aumento da população. Arroio do Meio acompanhou estes dados, sendo que em 2011 havia 384 pessoas com mais de 80 anos e em 2021, 649. Considerando as faixas etárias de 60 anos ou mais, Arroio do Meio concentra uma população de 4.440 pessoas. Num contraponto da população idosa à população infantojuvenil compreendendo de zero a 19 anos temos uma população de 5.370 pessoas. No geral, estes dados ainda são pouco avaliados, e representam um desafio em termos de planejamento estruturado. Em entrevista dada ao AT na edição do dia 25.11.2022, assunto que ela também abordou em palestras no município a gestora e doutora em Desenvolvimento Regional, Cintia Agostini afirmou que “não há programas estruturados no RS e região para pessoas idosas. Há ações em alguns municípios enxergando o tema envelhecimento. Mas é muito pouco. Faltam políticas de longo e médio prazo que não vejam apenas atendimento de assistência social, mas também como possibilidade de engajamento de modo que sejam ativos na sociedade.”
Ditadura e censura
Estamos numa ditadura? Muitos dos que viveram na década de 1960, 1970 e mais para frente comparam que estamos cada vez mais em uma ditadura ou crescente alienação da verdade. Uma das formas de alienar a verdade dos fatos é como o próprio presidente diz em reuniões publicas “temos que criar narrativas”. Narrativas que beneficiam um lado e protegem o sistema que é tão nefasto pela intencionalidade, privilégios a poucos, sem priorizar a execução de projetos e programas de desenvolvimento para o País. Tanto que o Partido dos Trabalhadores protocolou junto ao Ministério das Comunicações na semana passada o pedido de concessão pública de rádio e TV para a legenda. Imagino que seja para implantar as tais narrativas. A assinatura da concessão depende do próprio Presidente da República.
Nesta linha de calar adversários, a Justiça Eleitoral Brasileira tem cassado em média, um deputado a cada duas semanas. Neste ano já foram cassados nove representantes eleitos pelo voto popular. Entre eles destacam-se dois deputados federais. Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador da República que atuou na Lava Jato e foi o deputado com maior número de votos no Paraná com 345 mil sufrágios. E, o ex prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella do Republicanos.
Projeto turístico
Sobre as polêmicas em torno de implantação de um projeto turístico de maior expressão em Arroio do Meio, é preciso considerar a necessidade de visão para o futuro da economia local. Não podemos ser apenas um corredor de passagem. Além da nossa diversificada economia, com diferentes indústrias, movimento que cresceu na década de 1990, precisamos planejar e agregar mais valor. Até então havíamos feito a transição da produção rural para a indústria, apostando notadamente no calçado. Felizmente nos conscientizamos de que era preciso gerar emprego, renda e desenvolvimento com indústrias fortes e temos um parque industrial moderno, inovador e diversificado. A nossa agricultura familiar e criação de maior escala de frangos, suínos, bovinocultura de corte e de leite é importante em termos sociais e econômicos. Porém, além do setor de serviços, transportes e outros, precisamos ir além.
O Projeto Temático no Morro Gaúcho, um grande investimento privado, que estaria sendo cogitado por outros municípios, pela forte cultura voltada ao tema, representa uma nova oportunidade para Arroio do Meio. Está sendo criticado por alguns, mas parece que falta maior conhecimento sobre o assunto.