Amanhã, a partir das 10h30min, estarei no Bar da ARI – Associação Riograndense de Imprensa, no Centro de Porto Alegre. Ali acontecerá o lançamento, com sessão de autógrafos, do livro “Crônicas para ler com cAlma”. A obra reúne textos de 13 veteranos jornalistas que passaram por diversos veículos de comunicação, além de assessorias de imprensa de empresas privadas, órgãos públicos e ONGs e projetos pessoais. A coordenação editorial é da competente jornalista e publicitária Larissa Dall’Agnese Martins e publicação pela Editora Escuna.
Esta será minha segunda incursão em livro. A primeira ocorreu com “O Tempo é o Senhor da Razão e Outras Crônicas”, lançado no final de 2019. Cada jornalista do projeto participa com três crônicas, o que deu bastante dor-de-cabeça. Escrever é esporte que pratico semanalmente, mas quando se trata de uma publicação para ficar eternizada em livro a responsabilidade aumenta.
Quando recebi o convite, encaminhado pelo amigo de várias décadas Flávio Dutra, hesitei. Ao verificar a relação de parceiros, no entanto, relaxei. Quase todos os integrantes da nominada integrante da obra são parceiros com quem convivi no ambiente de redação de jornal ou em assessorias de imprensa. Ao mesmo tempo, a responsabilidade também aumenta porque todos eles são craques da palavra e não posso fazer feio.
As perdas são a parte mais dolorosa de envelhecer.
Na pandemia não podíamos nos despedir dos amigos
O lançamento do livro, na manhã deste sábado, será uma rara oportunidade de rever inúmeros amigos, não apenas das lidas da imprensa, mas velhos conhecidos que se tornaram afetos no exercício da profissão. Em junho comemorei meu 63º aniversário, numa confraternização realizada no Bar do Beto. Trata-se de um tradicional reduto no bairro boêmio da Cidade Baixa, em Porto Alegre. Vários colegas da “velha guarda” se fizeram presentes, o que me deixou muito feliz.
Sou fã destes eventos. Aliás, frequentemente provoco encontros, convoco o pessoal e apelo, sempre, através de uma lembrança:
– Vamos bebemorar, dar boas risadas e lembrar os velhos tempos. Do contrário, a gente só se encontra em velórios.
Este argumento garante a mobilização dos amigos. As perdas são a parte mais dolorosa de envelhecer. A pandemia agravou este sentimento de perda porque era proibido participar das cerimônias de despedida. Isso ficou no pensamento, através de velhas lembranças e reminiscências.
Por isso, vamos festejar, rir e rever afetos!