Esta campanha eleitoral é diferente das ocorridas há pelo menos uma década. Impõe levantar e diagnosticar necessidades totalmente diversas e a partir delas fazer uma triagem das prioridades e defendê-las ou desenvolvê-las caso for eleito ou não. É sabido que desde as enchentes de 2023/2024 que afetaram Arroio do Meio e outros municípios, as demandas são muito maiores. Não dependem só de boa vontade e gestão do que está posto. Exigem visão e planejamento de longo prazo. Mas também muita capacidade de doação.
No caso do Legislativo é possível que nas eleições anteriores tínhamos chegado a um patamar em que era mais confortável ser remunerado e atender agendas sociais, esportivas ou pontuais de comunidades bem organizadas sem que houvesse uma necessidade de fazer grandes mudanças a partir de diretrizes e leis, tendo que tomar por vezes, medidas não tão populares. E no caso do Poder Executivo e suas equipes será necessário planejar e viabilizar o município para as próximas décadas.
Passados os primeiros meses de suprimento de necessidades básicas – que ainda não foram todas atendidas, vem uma fase de reestruturação. Imagino que, os que não forem eleitos podem e devem continuar contribuindo dentro do seu partido ou nas comunidades, instituições para que se possa devolver à sociedade bens, serviços e vivências saudáveis. O ser político pode e deve ser ressignificado. A história da humanidade comprova que depois de grandes crises, como guerras, catástrofes sempre houve fenomenais mudanças, com visão para o futuro.
Por Isoldi Bruxel