Em todos os tempos em diferentes instituições políticas, jurídicas, religiosas e econômicas foram cometidos abusos de poder por pessoas com personalidade controladora e narcisista. Quanto mais tempo estas pessoas se mantém no poder maior sofrimento causam para um povo. Com o propósito de beneficiar a si mesmos ou a um grupo escolhido, por interesse e satisfação pessoal, as ações e decisões destes “ditadores” provocam guerras e conflitos numa situação mais extrema. No momento em que as pessoas perdem a liberdade para ir e vir, em que perdem a liberdade para conduzir a própria vida, se sustentar, se abre um abismo de classes sociais. Controlar e calar as vozes contrárias aos interesses de alguns, é exercer o poder pelo poder. Que consequências haverá para estas e futuras gerações se a difusão da informação por diferentes meios de comunicação jornal, rádio, TV ou pelas redes sociais, – formas de acesso democrático e acessível às pessoas mais simples, for controlada? Ou se não houver poder moderador como um Congresso forte e atuante e uma Justiça equilibrada? O leitor acha que corremos algum risco?
Em 2018, uma presidente de partido nacional já sugeriu que se deveria proibir o WatsApp em período eleitoral. A rede continua sendo a mais usada no Brasil pela sua facilidade de acesso, que permite uma comunicação direta e instantânea. Para gravar áudios, fazer imagens e texto tanto no mundo corporativo quanto pessoal. Seguem outras plataformas muito dinâmicas aqui no Brasil como o Instagram, o YouTube, Facebook, TikTok ,que igualmente somam milhões de usuários no Brasil. Vez por outra, perfis destes usuários tem caído de forma estranha. Em agosto, o ditador Nicolas Maduro rompeu com o WhatsApp, porque no seu entender ele ameaça o povo da Venezuela de forma fascista. Decidiu e pronto. Assim como decidiu antecipar o Natal, para outubro, data de nascimento do Menino Jesus, sagrada para os cristãos do mundo todo e mandou prender o opositor Edmundo Gonzalez, considerado vencedor das recentes eleições, segundo várias nações democráticas. Aqui no Brasil por enquanto foi suspensa a rede X. Alguma semelhança?
Sem liberdade, sem direito a fazer as próprias escolhas perdemos as condições de avançar coletivamente para o desenvolvimento de nossas comunidades, municípios, estados e país. Vamos perdendo ou entregando gradativamente nossas potencialidades, nossa capacidade de decidir por nós mesmos, às vezes sem nos dar conta. Amanhã pode ser tarde demais.