A pergunta se impõe justamente nesta data em que você – leitor ou leitora – vive um momento importante e diferente em um país que completará 200 anos de idade em 2022, ou seja, daqui a nove anos. Mais do que completar dois séculos, o que já é uma referência capaz de explicar o amor que a grande maioria dos brasileiros nutre por sua Pátria, o Brasil vive, na atualidade, uma fase esplendorosa de sua existência como “ o lugar onde todos gostariam de morar”. E não é ironia ou brincadeira a frase que o(a) amigo(a) acabou de ler. Tornaram-se desnecessárias pesquisas sobre o tema, uma vez que é o lado mais comum de qualquer conversa que os não brasileiros passam a ter conosco, tão logo informados (de qualquer forma), sobre qual a nossa origem. E os elogios sobre nosso “Brasil, brasileiro”, como disse Ary Barroso no seu Aquarela do Brasil, não são tão antigos assim, como se poderia pensar.
Há 190 anos o Brasil é “Um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”, como escreveu Jorge Ben Jor (antes, não era país, era uma colônia portuguesa, tornada país graças à “Independência ou Morte”, frase de D. Pedro I, às margens do Arroio Ipiranga, a 07 de setembro de 1822).
Sua adolescência – como país – foi difícil, especialmente porque o país-mãe havia esvaziado o filho de boa parte de suas riquezas (caso os amigos não lembrem, pensem em Tiradentes e o porquê de ele ser tão importante para todos nós).
A maneira como se deu a Proclamação da República-15 de novembro de 1889 – foi suave demais para um momento tão marcante, histórico e necessário- o que destituiu o gesto de Deodoro da Fonseca de toda sua imponência.
Se alguém tem dúvida sobre isso, saiba que, naquela ocasião, a Proclamação da República se deu DE FATO, ou seja, o Imperador D. Pedro II foi comunicado da queda do Gabinete que o representava , na ocasião, nada mais do que isso. A Proclamação da República, DE DIREITO, veio a ocorrer apenas ao final do século 20, quando uma reunião específica do Congresso Brasileiro, tratou do tema, sacramentando-o, digamos assim.
Sei que é bom lembrar aos amigos: até há poucas décadas-talvez duas- a maior parte do mundo via o Brasil como sendo um país a mais, apenas, por isso a letra minúscula (caixa baixa) que uso para tratar do detalhe.
E acrescento: para boa parte do mundo – lamentavelmente, os desinformados existem (o que resulta, ainda, em “América do Sul, capital Buenos Aires”), frase que era comum até diversos acontecimentos, inclusive e principalmente esportivos, tornarem o Brasil o que já deveria ter sido há muito tempo, para todo o Planeta.
O Brasil hoje, é adulto, livre, conhecido e grande, campeão e eterno disputante de melhores condições em tudo, sejam detalhes esportivos, qualidade de vida para seus habitantes ou visão de futuro para seus jovens e famílias.
A prova mais recente do crescimento brasileiro, foi a forma de como se realizou o julgamento do mensalão, que muitos ainda entendem que poderá se transformar na dita “pizza” de sempre.
Não há como negar que é um risco a ser enfrentado, mas também uma façanha comandada por um brasileiro de geração digna de elogios e agradecimentos, por que não?
O Ministro Joaquim Barbosa, atual Presidente do Supremo Tribunal Federal, é uma das formas de pensarmos em um Brasil diferente. Dilma Rousseff é outra maneira de o Brasil ser visto, hoje.
Querem saber? Não farei como disse Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasargada, lá sou amigo do Rei, lá tenho a mulher que eu quero, na cama que escolherei”.
Minha colocação sobre o assunto, ao fantástico Manuel Bandeira e seu insuperável poema, vai na mesma linha, mas difere um pouquinho: – Eu não vou para Pasargada, amigo do Rei não sou eu, aqui tenho a mulher que eu quero, na cama que ela escolheu!!!