Ainda não houve qualquer Pesquisa de Opinião para conhecer as causas que chegarão de carona com a Copa do Mundo; quando escrevo esta crônica, faltam menos de 110 dias para o Brasil sediar os esperados confrontos entre as melhores seleções de futebol do Planeta e, a menos que eu esteja muito enganado, entrarão em campo, também, esperadas decisões sobre algo fundamental para a Copa que, diga-se de passagem, nada tem a ver com bola, gol, pênalti e tudo a ver com substituição, apito, faltas e impedimentos.
Resumindo sobre segurança
Como quem não está preocupado com mais nada- a não ser o futebol – conversei, nas duas últimas semanas-com cerca de 80 pessoas, sobre a Copa, o suficiente para que pudesse concluir que o gaúcho (os porto-alegrenses e os da Grande Porto Alegre) graças a Deus estão curiosos, ou apreensivos, ou interessados, ou “ligados”, ou ansiosos, ou decididos a torcer e por aí vai.
Mas por que as pessoas estão agindo assim? Por que estão ligados, ou seja, altamente interessados?
Bem, respondo para dizer que a responsável pelo descrito procedimento das pessoas foi a Copa das Confederações, vencida pelo Brasil há meio ano e sobre a qual escrevi “chegou para não deixar a FIFA pregar prego sem estopa”, ou seja, conhecer os problemas existentes no país Sede, para evitar que isso se dê já com os incômodos acontecendo.
Por que estou tratando deste assunto agora? O futebol não é mais importante do que tudo?
Reconheço a importância do futebol, mas mesmo na Copa do Mundo, neste momento o que mais sobressai é de que forma será tratada a segurança, em geral, a partir do início do mês de junho e até uma semana depois do final da Copa, no território brasileiro, no mínimo.
Não existisse a Copa das Confederações, onde ficou revelado o Brasil latente, e não existiria a página com este tema, mostrado pela Copa das Confederações e os “rolos” por ela escancarados, já que criada para isso.
Afirmo que o tema sobre Segurança no Mundial de Futebol nasceu porque a FIFA criou a Copa das Confederações exatamente para conhecer o clima (tendências de atitudes em cada Sede) e aí entra a política dos países Sede, justamente para não “pregar prego sem estopa”, isto é, para não investir em nada que possa levá-la a perder o que investiu.
O “prego sem estopa” do Brasil nos foi revelado, de fato, no momento em que o 1º baderneiro separou-se do grupo dos descontentes e jogou a 1ª pedra nos vidros de um Banco, de uma Empresa ou em direção a um PM (policia militar no restante do brasil) ou BM – Brigadiano no RS.
Não foi tão grande o peso das manifestações vistas nas tvs por todos os moradores deste “País Democrático”, mas sim a forma como foi encarada sua recepção.
Há uma certeza de que houve exagero na agressividade do tratamento dado pelos revoltosos ao patrimônio alheio, protegido pela Constituição.
Por mais que se entenda que os revoltosos têm o direito de reclamar o preço das passagens de ônibus, sobre salários, excesso de horas de trabalho ou qualquer outro ponto razoável (origem: razão) que justifique suas ações, é difícil aceitar a maior parte das atitudes praticadas.
A decisão de como a polícia – Brigada no RS – deve agir nas manifestações não estava definida pelo simples fato de que não existia, à época da Copa das Confederações ocorrida há menos de 1 ano. O que foi feito nos quebra-quebras de lá para cá, demorou para sair da gaveta, fato do qual podemos culpar a quem cabe fazer as Leis.
Os manifestantes têm que se dar conta de que aqui é Brasil e não qualquer outro País no qual a “Democracia local” aceita e até deixa acontecer dezenas de mortes em uma só “manifestação”.
Por isso, penso que a Copa do Mundo está trazendo muitos ensinamentos na carona.
Até porque, também, aprender quer dizer uma coisa e prender quer dizer outra, muito diferente.