A população mundial hoje está próxima dos 7 bilhões e 500 milhões de habitantes e já existem registros suficientes para mostrar o futebol empolgando e sendo aplaudido por, no mínimo, um bilhão e meio de entusiásticos espectadores.
A popularidade do antigamente chamado Esporte Bretão – relação à Inglaterra, onde nasceu – começou, com mais impacto a partir do término da 2ª Guerra Mundial que, quando de seu começo (1939) foi responsável pela ausência das edições que deveriam acontecer em 1938 e 1942 (em seguimento às disputas de 1930 e 1934), vencidas pelo Uruguai e Itália respectivamente.
A 1ª disputa da Copa do Mundo organizada pela FIFA, após o final da 2ª Guerra Mundial foi em 1950, no Brasil, cuja seleção era tida como a favorita; foi derrotada, no jogo final, pelo Uruguai por 2 a 1, escore facilitado pela “certeza de que a Copa já estava em casa”, graças a goleadas anteriores da equipe brasileira em seleções consideradas superiores a do Uruguai.
Desta ocorrência, sobreviveu o “Maracanazo” (em espanhol), que tomado ao “pé da letra” passou a significar: “no futebol, a partida só acaba quando termina”, forçando um pouco o exercício dos termos do que aconteceu no Maracanã, no dia 16 de julho de 1950, na presença de 174 mil espectadores.
Depois dessa data e com a participação dos brasileiros que venceram em 1958 (Suécia) e 1962 (Chile), os aficionados do futebol passaram a acompanhar os grandes encontros – que ocorriam entre as seleções, muitas viajando a outros continentes – e, logo a seguir entre as grandes equipes, com destaque para o Santos, que com seu grande time, onde despontava Pelé, foi à época Bicampeão Mundial de Clubes.
Em 1970, no México, o Brasil sagrou-se Tri-Campeão Mundial de Futebol, vencendo a Itália, na final, por 4 a 1 e fazendo jus à posse definitiva da Taça Jules Rimet.
As imagens de Pelé e de seu Santos F.C. ganharam tanta projeção no mundo que, ao mesmo tempo em que atraíam praticantes para o futebol, criavam eventos de grande importância e repercussão.
Destes casos, um dos inesquecíveis aconteceu em 19/jan/1969, quando o Santos venceu a seleção do Congo por 3 a 2, jogo disputado no Stade de la Revolución, em Brazzaville, Congo.
Estava presente o presidente Congolês Ngouabi, que assistiu o árbitro do jogo permitir grande violência da seleção do seu país contra o Santos. O presidente Ngouabi no intervalo escreveu um recado ao juiz: “O Santos está aqui para dar um espetáculo e eu quero assistir a este espetáculo. Você tem que apitar direito o 2º tempo. Se isso não ocorrer, você será preso”.
Nem precisa ter dúvida: ganhou o melhor!
Mas o evento de Brazzaville seria ainda mais importante: a República democrata e o Congo estavam em Guerra e havia o fechamento de fronteira entre os dois países. Para sair de Brazzaville e chegar a Kinshasa o Santos precisaria atravessar o rio Congo, que separava as duas capitais.
Para tanto, a travessia que estava suspensa foi liberada e o governo de Kinshasa enviou uma embarcação para buscar o Santos, gesto autorizado pela presidência do país.
Ou seja, houve a suspensão de uma Guerra, temporariamente, para assistir à exibição do Futebol santista. Nesse dia o Santos perdeu por 3 a 2.
Em anos bem mais recentes, o Brasil foi tetracampeão Mundial de Futebol (1994 – nos EUA) e pentacampeão (2002 – Copa realizada em conjunto Coreia/Japão).
Trechos importantes da História do Futebol merecem a presença de um público entusiasta e torcedores saudando e incentivando o Brasil, seu único pentacampeão.
Participar sem apoiar nosso país é um erro, mas até entendo que poderá ser cometido por um pequeno número de torcedores.
E posso até aceitar, porque dizem que o Ibis, de Pernambuco, tido como o pior time do Brasil, conta com mais de 10 torcedores.
Como impedir?