A URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas existiu entre 1922 e dezembro de 1991.
Era um Estado Federativo formado por 15 Repúblicas socialistas que tinha, nos Sovietes – Conselhos ou Corpos Deliberativos, compostos de operários ou membros de Classe – seu órgão supremo: estes eram Rússia, Ucrânia, Bielorrússia (Rússia Branca), Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Turcomenistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Casaquistão, Quirquizistão (ou Quirquízia), Estônia, Lituânia, Letônia e Moldávia.
Tendo Moscou como Capital, esse gigantesco país – continente tinha uma extensão territorial de 22.400.000 (22 milhões e quatrocentos mil km2), o que significava estar bem próximo de ser três vezes maior do que o Brasil.
Após a execução do Czar e sua família (julho/1918), os Sovietes mantiveram uma guerra civil por dois anos contra os exércitos dos brancos, esmagados em 1920.
A URSS – com este nome e com todos os Sovietes aqui já nominados empreenderam várias lutas contra os “Kulaks” – burguesia rural que utilizava sistematicamente em suas fazendas o trabalho assalariado – superando várias crises, provocadas, em especial, pela fome.
Em 1924, com a morte de Lenin, o Poder passou a ser controlado por Stalin, vencedor de curta disputa com Trotski.
De acordo com o exército vermelho e contando com o apoio do presidente do Sovietes Supremo, Joseph Stalin garantiu a aplicação de sucessivos “planos quinquenais” (1928, 1933, 1938, 1946, 1951), planos estes que possibilitaram a ampla utilização dos recursos nacionais, mas negligenciaram na produção dos bens de consumo que, já vimos antes, causava o óbvio “problema da fome” criado pelo período de coletivização do campo”.
Para obter ganhos na luta que buscava quebrar toda a oposição ao seu poder pessoal, Stalin distribuiu “expurgos” (chamemos de limpeza) a tudo o que se encontrava do lado contrário a ele. No entanto, o período de liberalização do regime (1934-6) não teve continuidade.
A maioria dos antigos aliados de Stalin foi executada entre 1936 e 1938, antes (como comparativo) que o Brasil adquirisse a experiência exitosa da 2ª Guerra Mundial. Depois de Munique, a Rússia – e não a URSS – assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha (23 de agosto de 1939), o que permitiu, no inicio da 2ª Guerra Mundial, ocupar a parte oriental da Polônia e – graças a uma guerra com a Finlândia – a Rússia pôde desenvolver sua fronteira no Mar Báltico.
A 22 de junho de 1941, no entanto, os exércitos alemães invadiram o território russo, graças a uma campanha que os levou até as portas de Moscou.
Com a 2ª Guerra Mundial em pleno andamento, os alemães pisaram a região petrolífera do Cáucaso, sofrendo, porém, pesada derrota em Stalingrado (1943), confronto, aliás, que marcou uma reviravolta decisiva na história da Guerra.
A contra – ofensiva russa atravessou os anos de 1944 e 1945, durante os quais os exércitos soviéticos entraram em Berlim.
Na conferência de Yalta (04 de fevereiro de 1945), reuniram-se os na época tidos como “Donos de Mundo”: Franklin Roosevelt (presidente americano), Winston Churchill (primeiro ministro britânico) e o generalíssimo soviético Joseph Stalin, a mais alta autoridade política na URSS.
Este trio participou isoladamente da conferência de Yalta e dele resultou a “partilha do mundo”, o que tornou a Rússia – na época, a grande líder dos Sovietes e hoje, o maior país do Mundo, aquele que mais vezes enfrentou e venceu os alemães na 2ª Guerra.
Na conferência de Yalta, ainda Joseph Stalin recebeu de Churchill e Roosevelt condições de apoio capazes de firmar a futura organização do Mundo.
Na sequência da ruptura China – União Soviética, pactos de não-agressão foram concluídos com os Estados da Europa Central, na época transformados em”Democracias Populares”: Romênia, Bulgária, Albânia, Hungria, Polônia, Iugoslávia e Tchecoslováquia.
Neste século XXI a Rússia transformou-se em “Democracia”, com 8 anos de Putin e 4 de Medvedev, sendo o futuro presidente sempre indicado pelo anterior. É verdade que ainda falta uma boa caminhada até a Verdadeira Democracia, a do Voto e da Abertura de Direitos, mas é importante salientar que a Rússia, líder dos Sovietes, participa com frequência de importantes eventos internacionais, como exemplo, as Olimpíadas de Inverno, encerradas há 3 semanas.
Toda esta preparação para uma negativa à Guerra Fria – que dá cócegas na mente e nas mãos de quem a promove – a faço para lembrar de que, até agora, nas horas de grandes dificuldades, sempre foi melhor ter a Rússia entre os aliados.
Quem viveu, viu!